Cães resgatados em situação de maus-tratos são disponibilizados para adoção responsável em Curitiba
Por Giuliano Saito
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Animais estavam entre os 223 cães encontrados sem alimento nem água e mantidos apertados em um imóvel no bairro São Lourenço. Feira ocorre neste sábado, das 10h às 17h, na Rua Mateus Leme, 3690. Cães resgatados em situação de maus-tratos são disponibilizados para adoção responsável em Curitiba Reprodução/RPC Quarenta cães resgatados em situação de maus-tratos em Curitiba estão participando de uma feira para adoção responsável neste sábado (28). Eles estavam entre os 223 cães encontrados sem alimento nem água, mantidos apertados, sem espaço entre eles em um imóvel no bairro São Lourenço. Alguns deles, segundo a polícia, não sabiam andar por viverem há anos dentro de caixas de transporte. A feira ocorre das 10h às 17h, ao lado da casa em que os animais foram resgatados, na Rua Mateus Leme, 3690. O evento foi nomeado de "adoção dos ex-prisioneiros da Mateus Leme" e estão disponíveis os animais que passaram por tratamento veterinário. Curitiba tem feira de adoção de cães neste sábado Após resgatados os cães foram encaminhados para o Instituto Fica Comigo, uma organização sem fins lucrativos que atua na proteção de animais, que ficou responsável pelo cuidado e tratamento dos resgatados. Interessados em ajudar ou adotar podem entrar em contato através das redes sociais: @institutoficacomigo_. Initial plugin text Dona do imóvel responde em liberdade Maria Inês Demeterco, dona do imóvel em que os cães foram encontrados, foi presa, porém conseguiu liberdade provisória e deixou a cadeia. Ela responde pelo crime de maus-tratos aos animais, que tem pena de 2 a 5 anos. O delegado responsável pelo caso, Guilherme Dias, afirmou que a mulher pode pode ter uma pena maior por conta do alto número de animais envolvidos no caso. Em depoimento à polícia ela afirmou que luta pela causa animal há 37 anos. "Eu fiz por amor. Até porque eu não me acho acumuladora. Eu posso ter exagerado no número, mas eu fiz por amor", afirmou. Mais de 200 cachorros eram mantidos sem água e alimentos em casa de Curitiba Divulgação/Polícia Civil No depoimento a mulher reconhece que os animais estavam magros, porém afirma que estava passando por problemas financeiros. Em nota, o advogado dela, Tiago Antonio Giacomitti, afirmou que muitos dos animais que estavam no local foram resgatados por ela já com a saúde precária. Prefeitura acompanhava o caso A defesa de Maria Inês afirmou também que solicitou socorro à Prefeitura de Curitiba diversas vezes e sempre informou o estado real do canil. A prefeitura confirmou que o município foi acionado e afirmou que nos últimos anos realizou uma série de ações no local, entre elas atendimentos clínicos, vacinação, microchipagem, castração e fornecimento de ração. Ainda segundo a instituição a mulher era acompanhada pela Rede de Proteção Animal de Curitiba há mais de 9 anos, por meio de um programa de de monitoramento de pessoas que cuidam de um número excessivo de animais. Ainda conforme o município, Maria Inês comprovava os investimentos em alimentação e cuidados médicos dos animais "apesar do espaço, realmente, não ser o ideal para a quantidade abrigada". VÍDEOS: mais assistidos do g1 Paraná Leia mais notícias no g1 Paraná.
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