Brasileira que caiu em vulcão na Indonésia continua desaparecida; resgate foi interrompido, diz família
Condições climáticas e terreno acidentado impedem avanço das equipes de salvamento; Juliana Marins está desaparecida desde sexta (21)
Por Gazeta do Paraná

As buscas por Juliana Marins, brasileira de 24 anos que sofreu um grave acidente durante uma trilha no vulcão Rinjani, na Indonésia, foram temporariamente suspensas devido às más condições climáticas. A informação foi confirmada neste sábado (21) pela irmã da jovem, Mariana Marins, à CNN Brasil.
Natural de Niterói (RJ), Juliana caiu de uma altura de aproximadamente 300 metros durante a madrugada, enquanto participava de uma expedição. Segundo a família, a jovem permanece desaparecida e em local de difícil acesso. A operação de resgate enfrentou obstáculos como baixa visibilidade, terreno acidentado e cordas de tamanho insuficiente.
Mais cedo, havia circulado a informação de que Juliana teria sido localizada e recebido água e comida, o que posteriormente foi negado por Mariana. Segundo ela, vídeos que indicariam a chegada de socorristas até a jovem são falsos. “Gostaríamos de uma atualização com informações reais e estamos preocupadas com a corrida contra o tempo para salvar Juliana. Nossa última esperança é o envio de um helicóptero para resgate”, declarou a irmã.
Acidente e mobilização
Juliana está em viagem pela Ásia desde fevereiro, realizando um mochilão com apoio de uma empresa de turismo. Ela já havia visitado países como Vietnã, Tailândia e Filipinas. No momento do acidente, Juliana não conseguia se levantar, apenas mexia os braços e olhava para cima.
A situação foi percebida por um grupo de turistas que passou pelo local cerca de três horas após a queda. Eles conseguiram contato com a família por meio das redes sociais e enviaram imagens e a localização exata. Um drone também registrou a presença da jovem em uma área de difícil acesso.
De acordo com a embaixada brasileira em Jacarta, as equipes de resgate chegaram ao ponto onde estava a mochila da brasileira, mas não conseguiram prosseguir por conta do tempo fechado e do terreno íngreme. A família segue em contato com as autoridades locais e o Itamaraty, que acompanha o caso.
O Monte Rinjani, com 3.726 metros de altitude, é o segundo maior vulcão da Indonésia e muito procurado por turistas, embora ofereça riscos devido às trilhas estreitas e instabilidade climática.
