biólga Brasileira morre atropelada em Lisboa
Vaquinha arrecada mais de €19 mil para translado

A morte trágica da bióloga brasileira Flávia Vasconcelos, de 36 anos, vítima de atropelamento em Lisboa na última quinta-feira (25), gerou uma onda de comoção e solidariedade. Até a noite de sábado (27), uma vaquinha online organizada por amigos já havia arrecadado mais de 19 mil euros (cerca de R$ 120 mil) para custear a trasladação do corpo ao Rio de Janeiro.
A iniciativa foi lançada pela amiga Priscila Nascimento e já contabilizava 942 doações. Em nota, ela agradeceu o apoio recebido: “Cada gesto de solidariedade nos trouxe conforto e força para seguir.”
O namorado da vítima, Yago Bezerra, foi quem comunicou a morte nas redes sociais, publicando uma mensagem de despedida emocionada: “Perdi a pessoa que sentia o prazer de me fazer feliz. Só queria que tudo isso fosse um pesadelo.”
Formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e doutorada em biologia ambiental, Flávia vivia em Lisboa desde 2022, onde trabalhava como investigadora assistente no Centro de Ciências do Mar e do Ambiente (MARE). Reconhecida por pesquisas sobre poluição e ecotoxicologia, ela assinou estudos internacionais, incluindo análises de poluentes em aves da Antártida.
O MARE destacou em comunicado a dedicação e o legado científico da bióloga, lembrando o impacto positivo deixado entre colegas e alunos.
De acordo com o jornal Público, Flávia é mais uma das vítimas de atropelamentos que se multiplicam em Portugal. Lisboa e Porto concentram mais de 50% dos acidentes fatais em faixas de pedestres. Dados da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) revelam que, entre janeiro de 2023 e junho de 2024, mais de 11 mil pessoas foram atropeladas, com 251 mortes e 944 feridos graves.
A família da vítima deve viajar a Portugal para acompanhar os trâmites legais e organizar o traslado, com apoio do consulado brasileiro em Lisboa, responsável pela documentação e suporte psicológico.
