Bibliotecas Públicas do Paraná disponibilizam óculos que ajudam deficientes visuais a lerem: 'Tecnologia que dá condições de entrarmos em mais mundos'
Por Giuliano Saito
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Óculos possuem câmera que, ao ser apontada para letras, faz conversão instantânea para áudio do que está escrito. Item está disponível nas bibliotecas de Curitiba, Londrina e Cascavel. Dispositivo escaneia textos e transforma em áudio A Biblioteca Pública do Paraná (BPP), em Curitiba, disponibiliza para pessoas cegas ou com alguma dificuldade na visão um óculos que as ajuda a ler. Os óculos possuem uma câmera acoplada, que, ao ser apontada para as letras, faz a conversão instantânea do que está escrito para áudio. Ao comando o item pausa a leitura para que o usuário vire as páginas e também consegue reconhecer rostos cadastrados anteriormente. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram Na BPP são mais de 730 exemplares de livros. Desses, cerca de 36 mil são inclusivos. O resto não estava acessível a pessoas com dificuldade de visão, mas com os óculos, isso muda. Anastácio Braga, de 69 anos, conta que gosta de ler desde que era criança. Porém, aos 25 sofreu um acidente de trânsito que o fez perder a visão. Conforme o aposentado, com o dispositivo, as possibilidades são ampliadas. "Melhor impossível. Porque, até então, a gente só tinha condição nos livros em braile. Hoje nós temos condições de ler todos e quaisquer livros que existam em tinta. É a tecnologia que nos dá condições de entrarmos em mais mundos", comemora. Bibliotecas Públicas do Paraná disponibilizam óculos que ajudam deficientes visuais a lerem Reprodução/RPC Além da biblioteca em Curitiba, o item está disponível também nas Bibliotecas Públicas de Londrina, no norte do Paraná, e de Cascavel, no oeste do estado. "Nas bibliotecas eles estão franqueados às pessoas com deficiência visual. Tem uma escala, uma organização de cada biblioteca, mas eles estão disponíveis para as pessoas lerem os livros e fazerem o uso desse equipamento", afirma Rogério Carboni, secretário estadual do Desenvolvimento Social e Família. Porém, conforme Carboni, a pretensão é ampliar a disponibilidade do dispositivo em outras cidades do Paraná. Para Anastácio, o item serve como um inventivo para continuar aprendendo. "Aprendi o braile sendo o primeiro formando cego da Universidade Estadual de Londrina. Depois vim para Curitiba, fiz o primeiro curso de deficientes visuais como programadores no Paraná. Depois aposentei-me e hoje, com 69 anos, ainda continuo prestando meus trabalhos na Biblioteca Pública do Paraná, sem intenção de parar. Só pararei quando não tiver força mais", conta. Anastácio usando o óculos que permite que pessoas com deficiência visual leiam Reprodução/RPC LEIA TAMBÉM: Prefeitura de Londrina testará repelente biológico para espantar pombos; comunidade lida há anos com mau cheiro e sujeira Pesquisadora da UFPR cria linguagem tátil para cegos identificarem cores de forma mais fácil Entenda como funciona o contrato de namoro: 'Pensar nisso enquanto estamos felizes', diz casal VÍDEOS: Mais assistidos do g1 Paraná Leia mais notícias no g1 Paraná.
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