Barriga solidária de cunhada gera bebê de mulher que removeu útero ao tratar câncer, em Japira: 'É só gratidão'
Por Giuliano Saito
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A cunhada foi a responsável por gestar a Isis, de dois meses. Entenda como é feito o procedimento de fertilização de casos semelhantes. Paranaense gera bebê como barriga solidária para cunhada O sonho de um casal de Japira, no norte pioneiro do Paraná, foi realizado após decidir gerar a filha no útero da cunhada, como barriga solidária.O processo contou com ajuda de fertilização in vitro. Entenda o procedimento mais abaixo. Thuany Aparecida da Silva descobriu que tinha um tumor maligno e precisou retirar o útero. O tratamento incluiu 26 sessões de radioterapia. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram "Foi morrendo o nosso sonho de ter um bebê. Eu falei para o meu marido: 'Vamos buscar uma outra alternativa'. Foi aí que descobrimos o procedimento da FIV [fertilização in vitro]", relatou. Triste por não conseguir gerar o tão sonhado bebê, Thuany compartilhou a história com a cunhada, Rafaela Maria da Silva, e explicou que teria que encontrar uma barriga solidária para gerar o bebê. "Eu conversei com meu marido e decidi fazer. [...] Eu tive esse sentimento dentro de mim", contou Rafaela. Isis ainda no processo de gestação Arquivo pessoal Leia também: Inseminação intrauterina, fertilização in vitro: qual método é mais eficaz e o que está disponível no SUS? Terremoto: Ex-BBB Kaysar viaja para perto da família após terremoto na Síria e na Turquia com pelo menos 5 mil mortos: 'Triste pela tragédia' O casal tentou fazer o procedimento pouco antes da pandemia da Covid-19, mas precisaram esperar dois anos para gerar a criança. Em janeiro de 2021, Rafaela foi considerada apta a ser barriga solidária. Após meses de preparação para a chegada da Isis, a criança nasceu em dezembro de 2022, forte e saudável. O parto foi acompanhado pelos pais Thuany e David Henrique. "É só gratidão que a gente sente", expressou Thuany. Isis no dia que nasceu no hospital arquivo pessoal Liberação pelo CRM Antes de iniciar o procedimento, a família precisou de uma autorização do Conselho Regional De Medicina. No Brasil, resolução do órgão determina as regras para técnicas de reprodução assistida. Conheça algumas: a idade máxima para usar técnicas de reprodução assistida é de 50 anos; os embriões poderão ser desenvolvidos in vitro por, no máximo, 14 dias; é proibido usar a reprodução assistida para selecionar o sexo do embrião, a não ser para evitar doenças (geralmente ligadas ao cromossomo Y, masculino); é permitido o uso das técnicas de reprodução assistida para relacionamentos homoafetivos e pessoas solteiras, respeitado o direito à objeção de consciência por parte do médico; é permitida a gestação compartilhada em união homoafetiva feminina em que não exista infertilidade. Considera-se gestação compartilhada quando o embrião obtido a partir da fecundação do(s) oócito(s) de uma mulher é transferido para o útero de sua parceira". Rafaela Maria da Silva durante a gestação Arquivo pessoal Leia mais VÍDEO: Clarão no céu chama atenção de moradores no Paraná; fenômeno pode ser passagem de meteoro VÍDEO: Secretário de Araucária filma momento em que quase é atropelado por trem na Serra do Mar O que é a fertilização in vitro - FIV De acordo com o médico especialista em reprodução, João Guilherme Grassi, FIV é a sigla para fertilização in vitro – procedimento mais eficaz de reprodução assistida. No procedimento, a fertilização do óvulo pelo espermatozoide é feita em laboratório, e não no corpo da mulher – como na concepção natural ou na inseminação artificial. Depois da fertilização, o embrião é colocado dentro do útero. A partir daí, a gravidez pode ou não se desenvolver. Fecundação do bebê no laboratório Reprodução Dependendo do caso, os óvulos e os espermatozóides usados podem ou não ser do casal que pretende engravidar – no caso de mulheres com idade avançada, esses óvulos podem ser de uma doadora mais jovem, por exemplo. Se for um casal formado por duas mulheres, o espermatozoide pode ser doado. No Brasil, também é que uma mulher engravide usando os óvulos da outra. O custo do procedimento vai depender de diversas variáveis e pode custar, em média, de R$ 15 a R$ 20 mil. VÍDEOS: Mais assistidos do g1 PR Veja mais notícias da região em g1 Norte e Noroeste.
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