Atirador que matou estudante em colégio de Cambé disparou ao menos 16 vezes, diz delegado
Por Giuliano Saito
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Outros dois suspeitos foram presos pela polícia suspeitos de envolvimento no caso. Aluna de 17 anos morreu no local. Criança morre após escola ser invadida no Paraná Kathulin Tanan/ RPC O atirador de 21 anos que matou nesta segunda-feira (19) a estudante Karoline Verri Alves, 17 anos, no Colégio Estadual Professora Helena Kolody, em Cambé, norte do estado, disparou 18 vezes, conforme o delegado-chefe da 10ª Subdivisão Policial, Amarantino Ribeiro. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram Segundo a polícia, o assassino é ex-aluno do colégio, onde estudou até 2014, e foi preso após o crime. Em depoimento, ele afirmou que não conhecia a aluna e o namorado dela, Luan Augusto, que também foi baleado e encaminhado em estado gravíssimo ao Hospital Universitário (HU) de Londrina. "Ele usou três carregadores. Acreditamos que ele tenha atirado pelo menos 16 vezes. Estamos ainda concluindo todas as perícias para ter o número exato". De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Paraná, foram apreendidos com o atirador uma machadinha, carregadores de revólver, a arma usada e um caderno com anotações sobre ataques em escolas, incluindo o ataque em Suzano, em São Paulo. Segundo o secretário, o assassino é investigado por homicídio, tentativa de homicídio e porte ilegal de arma de fogo. Prisões No início da noite desta segunda, o secretário de Segurança Pública do Paraná, Hudson Teixeira, confirmou a prisão de um homem de 21 anos e a apreensão de um adolescente de 13 suspeitos de envolvimento no caso. Segundo o secretário, a suspeita é que eles teriam ajudado a planejar o episódio que terminou na morte da estudante. Dor O pai de Karoline, Dilson Antonio Alves, explicou como soube da morte da filha. "Eu moro perto do colégio e minha esposa trabalha na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), que fica ao lado. Ela me ligou falando que estava acontecendo algo e não sabia o que era. Ai comecei a escutar polícia e fiquei preocupado. Ela me ligou e falou que era no colégio, que a nossa filha não respondia no celular. Chegando lá, vi que o namorado dela tinha sido baleado. Minha esperança era que a Karol tivesse se salvado, se escondido em algum lugar". O pai de Luan Augusto, Rodrigo Augusto, esperava celebrar o aniversário dele nesta segunda com o filho, mas foi surpreendido com a informação de que ele havia sido baleado na cabeça. "É meu aniversário hoje, e a gente fica junto o dia inteiro no meu aniversário, e aí né... hoje eu não pude de manhã. Peço orações para todo mundo, quem conhece meu filho sabe. Não mexia com ninguém". Karoline Verri Alves e Luan Augusto Arquivo pessoal Repercussão O governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), decretou luto de três dias no estado e lamentou a morte da estudante. "A violência do brutal ataque em uma escola estadual em Cambé causa indignação e pesar. O assassino foi preso, será julgado e condenado pelo crime bárbaro que cometeu. Como governador e pai a minha solidariedade aos familiares nesse momento de dor tão profunda. Paraná está em luto." O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, manifestou solidariedade e colocou o governo federal "à disposição para auxiliar o governo do Paraná". O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou pelo Twitter que recebeu a notícia da invasão ao colégio de Cambé "com muita tristeza e indignação". Informou que "mais uma jovem teve a vida tirada pelo ódio e a violência que não podemos mais tolerar dentro das nossas escolas e na sociedade". Mais assistidos do g1 PR Leia mais em g1 Norte e Noroeste.
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