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Assassinato de tesoureiro do PT por bolsonarista: dois meses após crime, acusado ainda não foi ouvido pela Justiça

Por Giuliano Saito


Marcelo Arruda foi morto a tiros na própria festa de aniversário pelo policial Jorge Guaranho. O bolsonarista é réu por homicídio duplamente qualificado e está preso desde 13 de agosto em Pinhais. O petista Marcelo Arruda (esq.) foi morto por Jorge Guaranho (dir.), apoiador de Bolsonaro Reprodução O assassinato do tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, Marcelo Arruda, pelo policial bolsonarista Jorge Guaranho completa dois meses nesta sexta-feira (9). Guaranho está preso desde 13 de agosto no Complexo Médico Penal (CMP) em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, e ainda não foi ouvido pela Justiça. Ele é réu por homicídio duplamente qualificado. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram Em 9 de julho Arruda baleado por Jorge Guaranho na própria festa de aniversário que tinha como tema o PT e o ex-presidente Lula. Ao ser atingido pelo policial, o petista revidou e baleou o bolsonarista. Marcelo Arruda não resistiu aos ferimentos e morreu no dia seguinte. Guaranho sobreviveu e ficou um mês internado no hospital. Veja outros detalhes do crime mais abaixo. Veja como foi o assassinato do tesoureiro do PT pelo apoiador de Bolsonaro, segundo a Polícia do PR O que se sabe sobre o assassinato de petista por apoiador de Bolsonaro no PR Na próxima quarta-feira (14) está marcada a primeira audiência de instrução do caso. A expectativa é de que no dia Guaranho seja ouvido pela primeira vez após o crime. Também devem ser ouvidas testemunhas e informantes apresentados por defesa e acusação, além de peritos que elaboraram laudos concluídos à pedido da defesa de Guaranho. Em 25 de agosto, os advogados do bolsonarista pediram à Justiça novos laudos e mais tempo para apresentar a defesa do acusado. Veja também: Registros de acesso às imagens do local onde tesoureiro do PT foi morto por bolsonarista foram deletados, diz perícia Laudo mostra que policial bolsonarista atirou 3 vezes contra tesoureiro do PT, que revidou com 13 disparos Laudo encontra terra no carro de policial bolsonarista que matou petista no Paraná Prisão Guaranho teve alta hospitalar em 10 de agosto e foi para casa com tornozeleira eletrônica. A prisão domiciliar foi concedida após o Complexo Médico Penal de Pinhais alegar não ter estrutura para receber o preso que demandava diversos cuidados médicos. Em 12 de agosto, no entanto, a Justiça revogou a prisão domiciliar do policial e determinou que ele fosse transferido para Complexo Médico Penal (CMP) de Pinhais. A defesa de Guaranho entrou com pedido de habeas corpus em 13 de agosto, para revogar a prisão preventiva do policial penal. Justiça alega proximidade das eleições e nega pedido para revogar prisão preventiva de Guaranho Citando a proximidade das eleições, a Justiça do Paraná negou o pedido. Réu por homicídio duplamente qualificado Apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), Guaranho é réu por homicídio duplamente qualificado. A decisão é do juiz Gustavo Germano Francisco Arguello, que acolheu a denúncia oferecida pelo Ministério Público do Paraná. MP denuncia policial penal que matou a tiros tesoureiro do PT no Paraná e fala em motivação fútil por preferência política O juiz acolheu a avaliação do MP de que Guaranho agiu por motivo fútil decorrente de "preferências político-partidárias antagônicas" e que o policial colocou a vida de mais pessoas ao efetuar os disparos no salão de festas. Relembre o caso O infográfico abaixo mostra a ordem dos acontecimentos no dia do crime: Entenda ordem dos acontecimentos no dia do assassinato do petista baleado em festa de aniversário, segundo a polícia Arte/g1 VÍDEOS: Mais assistidos g1 PR Veja mais notícias da região em g1 Oeste e Sudoeste.