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Após determinação do MP, Prefeitura de Maringá abre sindicância contra conselheiro tutelar que participou de atos antidemocráticos em Brasília

Por Giuliano Saito


Jesiel Carrara publicou vídeos nas redes sociais. g1 tenta contato com a defesa de Carrara. Conselheiro tutelar de Maringá é investigado pelo MP A Prefeitura de Maringá, no norte do Paraná, abriu uma sindicância para apurar a conduta do conselheiro tutelar Jesiel Carrara que participou dos atos antidemocráticos registrados no domingo (8), em Brasília. Assista ao vídeo acima. Em vídeo divulgado pelo próprio conselheiro em uma rede social, Carrara aparece junto a outros pessoas na capital federal. Ele deletou o vídeo horas depois. No dia, centenas de pessoas invadiram e depredaram os prédios do Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal e Palácio do Planalto. A investigação foi instaurada após determinação do Ministério Público do Paraná (MP-PR). Na determinação, o promotor Ricardo Malek Fredegoto cita "possível prática do crime de golpe de estado". O promotor também deu 48 horas para a prefeitura informar quais medidas serão tomadas. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram Questionada sobre medidas e uma possível exoneração do servidor, a prefeitura disse que, por meio da determinação do Ministério Público do Paraná (MP-PR), uma comissão foi instaurada para definir se Josiel será exonerado ou não da função. Procedimento do MP-PR investiga o conselheiro tutelar Jesiel Carrara Redes sociais Em nota, o Conselheiro Tutelar da Zona Norte de Maringá afirmou que não compactua com qualquer "ato contraditório ao texto constitucional" e que também que medidas cabíveis serão tomadas. Houve manifestação também por parte de outros conselheiros tutelares da cidade que expuseram que Carrara não representava a entidade nos atos antidemocráticos de Brasília e que a ação causou espanto e desaprovação por parte dos colegas de profissão. Carrara ainda é alvo de um inquérito civil, aberto na segunda-feira (9), que pede o afastamento temporário do suspeito das funções. O g1 procura a defesa do conselheiro. Leia também: Ponta Grossa: Funcionário da prefeitura que participou de ato terrorista em Brasília é exonerado Veja quem são os donos de veículos do Paraná apreendidos em Brasília Argumentação No documento de abertura de inquérito civil, o promotor sugeriu que a prefeitura ouça outros conselheiros tutelares para saber se o investigado "externava pensamentos ideológicos extremistas no ambiente de trabalho, se ele tinha divulgado sua intenção de ir a Brasília participar do ato golpista e também sobre eventuais participações ativas do requerido nas manifestações antidemocráticas situadas em frente ao Tiro de Guerra de Maringá". Em Maringá, o acampamento golpista foi desmontado pela Polícia Militar após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em nota, o MP-PR afirmou que o procedimento considera grave "a adesão do conselheiro a um movimento que prega desprezo ao Estado Democrático de Direito, aos Poderes da União, em especial ao Sistema de Justiça e também à Constituição de 1988", mesmo documento que norteia o princípio da proteção integral a política de atendimento à criança e ao adolescente de todo o país". Vídeos mais assistidos do g1 PR Leia mais em g1 Norte e Noroeste.