Após taxa de Trump, Lula ataca Bolsonaro: “Que tipo de homem é esse?”

Presidente acusa Bolsonaro e Eduardo de articularem sanções com Trump para evitar prisão e diz que ex-presidente “não tem vergonha”

Por Gazeta do Paraná

Após taxa de Trump, Lula ataca Bolsonaro: “Que tipo de homem é esse?”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar duramente o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta sexta-feira (11), durante evento no Espírito Santo. Em meio às tensões com os Estados Unidos, Lula acusou Bolsonaro e o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) de articularem diretamente com o presidente norte-americano Donald Trump a imposição da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros exportados aos EUA.

“Agora, qual é a razão que ele [Trump] aponta para a taxação? Primeiro, com base numa mentira, porque os Estados Unidos não têm déficit com o Brasil. Segundo, qual a lógica dele? ‘Ah, não processem o Bolsonaro, parem isso imediatamente’”, ironizou o petista em seu discurso.

Lula também questionou a atitude de Eduardo Bolsonaro, que se afastou do cargo parlamentar para, segundo ele, atuar nos bastidores internacionais em defesa do pai. “A coisa [Bolsonaro] mandou um filho que era deputado se afastar da Câmara para ir lá ficar pedindo: ‘Oh, Trump, pelo amor de Deus, solta meu pai. Não deixa meu pai ser preso’. É preciso essa gente criar vergonha na cara”, afirmou Lula.

O presidente subiu o tom ao criticar o comportamento de Bolsonaro diante das investigações que tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a tentativa de golpe de Estado em 2022. “A coisa mais pequena de um homem é ele não ter caráter. Vocês ontem viram o filho dele na internet lendo uma carta: ‘Oh, Trump, fala que você não vai taxar se meu pai não for preso’. Que homem que é esse, gente? Que tipo de homem que é esse? Que não tem vergonha de enfrentar o processo dele de cabeça erguida e provar que foi inocente”, declarou.

As falas ocorrem após Trump oficializar as novas tarifas sobre exportações brasileiras, com início previsto para 1º de agosto, e condicionar sua suspensão à interrupção do julgamento de Bolsonaro no STF.

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