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André Mendonça diz que País não tem política de geração de riquezas, mas de distribuição

Ministro defendeu o papel das atividades reguladoras no sentido de incentivar e planejar o desenvolvimento econômico do País, além de fiscalizar os setores produtivos

André Mendonça diz que País não tem política de geração de riquezas, mas de distribuição Créditos: Carlos Moura/SCO/STF

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça afirmou que o Brasil vive um “descompasso” entre a falta de políticas de geração de riquezas e a existência de uma “política sólida” de distribuição dos recursos já produzidos. A declaração foi feita nesta segunda-feira (1º), durante o Arko Talks 2025, evento promovido pelas consultorias Arko Advice e Galapagos Capital.

Mendonça disse que sua fala buscava provocar uma “reflexão” sobre o Estado Democrático de Direito e ressaltou a importância das atividades reguladoras para estimular o desenvolvimento econômico, planejar metas de longo prazo e fiscalizar os setores produtivos. Segundo ele, o País carece de estratégias claras para orientar o crescimento.

“Não temos hoje um planejamento efetivo de dois, cinco, dez anos, do que queremos em termos de política econômica, de desenvolvimento e de geração de bem-estar para o nosso País”, afirmou. O ministro destacou ainda que a pressão por políticas sociais tem aumentado, enquanto não há iniciativas estruturadas para ampliar a geração de riqueza.

“Eu não tenho uma política de geração de riquezas. Em contrapartida, eu tenho uma política muito sólida de distribuição da riqueza já produzida. Isso acaba gerando um descompasso”, disse. Para Mendonça, esse desajuste se agrava “em função do tamanho e do dimensionamento do Estado, dos custos de manutenção do próprio Estado”.

O ministro defendeu que o planejamento econômico deve ser prioridade para garantir crescimento sustentável e reduzir as desigualdades de forma duradoura.

Com informações do Jornal de Brasília

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