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Aluno nega em depoimento que tenha apontado arma para outro estudante em colégio de Arapongas, afirma delegado

Por Giuliano Saito


Adolescente que teria ameaçado e pedagogas dizem ter visto a arma. Justiça vai decidir se estudante ficará apreendido ou será liberado. PM apreende adolescente que entrou armado em escola de Arapongas (PR) Reprodução/BPMOA O adolescente de 16 anos suspeito de ter estar armado na terça-feira (28) dentro do Colégio Estadual Irondi Pugliesi, em Arapongas, norte do Paraná, negou que tenha ameaçado outro estudante com a arma. A versão foi dada durante depoimento à Polícia Civil. Segundo a Secretaria de Estado da Educação (Seed), o adolescente, que estuda na mesma escola, teria tirado a arma da mochila e apontado para a vítima. O caso teria acontecido na sala das pedagogas, onde eles foram levados após uma briga. Conforme a Seed, as profissionais acalmaram o aluno, que não atirou. Ninguém ficou ferido. De acordo com a Polícia Militar, ele foi encontrado perto de casa e levado até a delegacia. A arma não foi localizada. O delegado operacional da 22ª Subdivisão Policial de Arapongas, Bruno Delfino Sentone, disse que os envolvidos apresentaram versões diferentes da situação. "Ele (adolescente) confessou ter discutido com o outro aluno, que teria sido ameaçado e por isso foi embora para casa. Quando estava chegando, conta que foi abordado pela PM e trazido até a delegacia. As duas pedagogas e o estudante, vítimas neste caso, afirmam o contrário. Disseram que o adolescente discutiu com o colega, saiu do colégio e voltou armado". Segundo o delegado, o adolescente foi ouvido sem advogado, apenas na presença do pai. As pedagogas também apontaram no depoimento que teriam sido ameaçadas pelo adolescente caso elas fizessem a denúncia à polícia. Próximos passos Sentone explicou que o adolescente que estaria armado foi apreendido em flagrante por atos infracionais análogos a ameaça e porte ilegal de arma de fogo. "Apesar da arma não ter sido localizada, as profissionais de educação e o estudante garantem que viram o armamento, motivo pelo qual pode responder por esse ato infracional. Elas disseram que ele dá muito trabalho na escola, mas são apenas indícios que podem, mais pra frente, serem comprovados ou não". Leia também 14 trabalhadores são resgatados em condições análogas à escravidão em pedreira do interior do Paraná, diz MTE VÍDEO: imagens mostram guardas municipais correndo atrás de adolescente de 17 anos morto com tiro na cabeça durante abordagem em Curitiba Ele permanece na delegacia e deve passar por uma oitiva informal com o Ministério Publico e a Vara da Infância e Juventude, que decidirão se o adolescente será liberado ou ficará internado provisoriamente. Segundo o delegado, se o menor ficar apreendido, o procedimento de apuração de ato infracional deve ser concluído em até 45 dias. Mais assistidos do g1 PR Leia mais em g1 Norte e Noroeste.