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Adoção de animais de grande porte tem fila de espera em Ponta Grossa

Por Giuliano Saito


Cavalos, vacas e porcos são resgatados de maus tratos ou abandono na cidade e destinados a novos tutores. Adoção de animais de grande porte tem fila de espera em Ponta Grossa Cavalos pastando em jardins ou revirando sacos de lixo se tornou uma cena recorrente em Ponta Grossa. A cidade tem lei municipal que proíbe a criação de animais de grande porte em perímetro urbano, e principalmente, que fiquem soltos pelas ruas, pois a livre circulação é um risco pra eles e para o trânsito. Como as denúncias são quase que diárias, a prefeitura mantém um setor específico para a coleta. A equipe conta com a ajuda de um profissional laçador e de um caminhão boiadeiro. E eles capturam de tudo. "É cavalo, vaca, cachorro, cabrito, até porco a gente já pegou”, diz o diretor do departamento de saneamento ambiental, Geradlo Kapp. Adoção de animais de grande porte tem fila de espera em Ponta Grossa Foto: Prefeitura de Curitiba/Divulgação Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram Após o resgate, o animal é levar para o Centro de Referência ao Animal em Risco (Crar), que pertence à Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Uma égua prenha e um potrinho foram encontrados juntos na rua levados para lá para serem tratados por um médico veterinário e “chipados”, ou seja, identificados com um chip eletrônico. Assim que o animal chega ao centro, é feita uma avaliação para saber se ele está em boas condições físicas - se tem parasitas como pulgas ou carrapatos e se tem algum ferimento agudo ou crônico por maus tratos. “É muito comum encontrarmos animais com ferimentos na região lombar decorrentes do uso excessivo de selas, peso excessivo e até mesmo lesões na região do flanco, indicando que o animal levou esporadas. O casco também é uma região muito sensível, é comum ter cascos quebrados”, explica Cristóvão Câmara, médico veterinário do Crar. O espaço comporta até 30 animais e eles ficam ali por, no máximo, 48 horas à espera do tutor. Quando o tutor aparece pra reaver o animal, ele é multado em aproximadamente R$ 210, valor equivalente ao tempo de permanência do animal no local. E, na maioria dos casos, o responsável aparece. Mas quando isso não ocorre, o Crar pode encaminhar o animal pra doação. Em Ponta Grossa, tem fila de espera de proprietários rurais com interesse em adotar animais de grande porte, em especial os cavalos. “Geralmente, priorizamos a área rural do município. No termo de doação, pegamos o RG, CPF, o local onde o animal ficará e uma parte da doação tem que ser sigilosa, porque senão o antigo tutor pode querer resgatar o animal. Então é bem sigilosa essa parte, mas o animal é ‘chipado’, registrado, o novo tutor assina um termo, porque se acontecer qualquer imprevisto, tanto com o animal ou com um acidente, quem é responsável é o tutor”, diz André Luís Pitela, secretário municipal de meio ambiente. No ano passado, o Crar resgatou 300 animais de grande porte e 80 deles foram encaminhados para doação. Foi o que aconteceu com a égua e o potrinho. O responsável por eles não apareceu e, por isso, agora já estão em um novo lar bem longe do perímetro urbano. Vídeos mais assistidos do g1 Paraná: Veja mais notícias do estado em g1 Paraná.