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Ação do MP-PR contra Governo do Paraná pede aumento de efetivo policial em delegacias de Ponta Grossa

Por Giuliano Saito


Na Delegacia da Mulher do município, há menos servidores atualmente que quando foi criada em 1986, segundo MP; órgão também ressalta problema como acima do 'limite do tolerável'. Polícia Civil afirmou que efetivo do estado será reforçado com novos policiais. Ação do MP-PR contra Governo do Paraná pede aumento de efetivo policial em delegacias de Ponta Grossa Polícia Civil/Divulgação O Ministério Público do Paraná (MP-PR) entrou com uma ação judicial para que o Governo do Paraná seja obrigado a duplicar o atual quadro de investigadores na 13ª Subdivisão Policial, em Ponta Grossa, e também aumente o efetivo na Delegacia da Mulher do município. Conforme documento, no caso da Delegacia da Mulher, o efetivo policial atual é menor que o de quando a unidade foi criada, em 1986. O órgão aponta a existência de uma delegada, dois escrivães e três investigadores. O MP-PR ainda obriga um quadro de, no mínimo, dois delegados de polícia na unidade, além de quatro escrivães, 10 investigadores e dois psicólogos. Apenas 5% dos municípios do Paraná têm Delegacias da Mulher: 'Na delegacia comum, não tem preparo', diz promotora Quanto à 13ª Subdivisão, o pedido é para o estado seja condenado a fazer a "consistente na designação de novos delegados de polícia, investigadores de polícia, escrivães de polícia e papiloscopistas, mantendo-os, permanentemente, para atuarem em Ponta Grossa". O g1 aguarda retorno do Governo do Paraná sobre a ação. Por nota, a Polícia Civil afirmou ainda não ter sido notificada da ação judicial, mas ressaltou que vai reforçar o efetivo em todo o Paraná ao fim da formação de 425 novos policiais civis classificados em concurso. O grupo, segundo a corporação, está na etapa do curso de formação técnico-profissional. A polícia também disse que a previsão é que os novos policiais iniciem as atividades a partir de janeiro de 2023. Para justificar o pedido, o Ministério Público ressaltou, entre outros pontos, que a 13ª Subdivisão Policial atende uma área com população estimada de mais de 350 mil pessoas, e que a falta de efetivo é fruto da "negligencia do governo do Paraná, que os servidores possuem sobrecarga de trabalho e comprometimento da saúde mental". A ação classificou, também, a situação como "emergencial". "A enorme defasagem do quadro de Policiais Civis no Estado do Paraná e, especialmente, da 13ª SDP, ultrapassam o limite do tolerável [...] Trata-se de questão que vem sendo negligenciada há décadas, de forma sucessiva, pelos diversos Governadores que geriram o Estado nos últimos 30 anos", afirma o documento. Efetivo O Ministério Público cita o efetivo da 13º Subdivisão Policial como uma das justificativas para a ação, que considera a quantidade de servidores da força policial insuficiente para o atendimento da macrorregião de Ponta Grossa. Segundo resposta encaminhada ao órgão pelo departamento de Polícia Civil, nas unidades policiais do município há 151 policiais civis, sendo 14 delegados de polícia, 41 escrivães de polícia, 85 investigadores de polícia e 11 papiloscopistas. Também atuam 17 estagiários, dois servidores do quadro próprio do Executivo Estadual e cinco servidores do Executivo de Ponta Grossa à disposição da Polícia Civil. Especificamente sobre os policiais, eles estão distribuídos, segundo o MP-PR, em 14 municípios. "A existência de 151 policiais civis, dividindo suas forças de trabalho em 14 municípios com grande área de extensão e população, descumpre de maneira escancarada e inadmissível a Constituição Federal e estadual, sem contar o próprio Estatuto dos Servidores de Polícia, especialmente, da adequada prestação do serviço público exclusivo de fornecimento de segurança pública". VÍDEOS: mais assistidos do g1 Paraná Leia mais notícias da região no g1 Campos Gerais e Sul.