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Servidoras do CMEI Vicentina Guisso depõem na CPI sobre abuso sexual

A CPI investiga possíveis irregularidades no processo que apurou assédio sexual cometido dentro de CMEI do município.

Por Gazeta do Paraná

Servidoras do CMEI Vicentina Guisso depõem na CPI sobre abuso sexual Créditos: Assessoria/CMC

Nesta terça-feira, (29), a CPI ouviu servidoras do município que trabalham ou trabalhavam no CMEI Professora Vicentina Guisso, unidade para a qual o servidor foi transferido após as primeiras denúncias de assédio.

Marcicleia da Rosa, coordenadora pedagógica de 2019 a dezembro de 2022, afirmou que não tinha conhecimento de investigação em andamento sobre o servidor acusado quando este foi transferido para o CMEI Vicentina Guisso. Apenas em 2021 foi orientada pela secretaria a evitar que ele estivesse sozinho com as crianças, sem, no entanto, conhecer detalhes da denúncia ou sua gravidade.

Aline Moraes Waldow, diretora de 2021 a 2022, corroborou as informações de Marcicleia e declarou que foi advertida pela assessoria de gabinete da secretaria de que deveria haver ‘cautela’ por parte da escola na convivência do acusado com as crianças. No entanto, a ex-diretora afirmou que “na época já havia explicado para a SEMED que o CMEI não possuía uma função apenas administrativa e que em todos os cargos haveria algum nível de contato com as crianças. Se o servidor estava sendo acusado, não deveria estar dentro de uma unidade escolar’.

Genaina Capeletti, coordenadora pedagógica de 2023 até o momento, alegou não ter conhecimento do caso até este ano e que em todos os casos de suspeita de privação de direitos das crianças, seja por parte dos pais ou de servidores, deve ser feita uma ata e notificada a secretaria. Segundo ela, esta é a orientação oficial.

Marli Camparim, diretora do CMEI desde 2023, declarou que após a grande repercussão do caso na imprensa, a escola foi orientada a encaminhar os pais ou responsáveis com dúvidas e reclamações diretamente para a SEMED. “Gostaria de ter tido conhecimento do caso e da seriedade da denúncia antes de ter assumido a direção da unidade”, finalizou Marli.

No depoimento de Marli e Genaina, a comissão mostrou uma foto e uma ata que apontariam que o abusador teve contato direto com as crianças nos últimos anos, tendo inclusive registrado em imagens este contato. Na ata, de fevereiro, a escola é comunicada de outras possíveis condutas inapropriadas e do receio de algumas famílias em deixar seus filhos com o servidor acusado.

Entenda

A CPI investiga possíveis irregularidades no processo que apurou assédio sexual cometido dentro de CMEI do município. Compõem a comissão os vereadores Everton Guimarães, presidente, Hudson Moreschi, relator, Contador Mazutti, secretário, Valdecir Alcantara e Dr. Lauri, membros.
 

Assessoria de Imprensa/CMC

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