Saiba quem são os advogados que representam Bolsonaro e aliados
Se mantidos os patronos que já atuaram na fase do recebimento da denúncia, estes serão os nomes a defender os réus no STF
Por Gazeta do Paraná

Nesta terça-feira, 2, a 1ª turma do STF iniciará o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de sete aliados acusados de participação em tentativa de golpe de Estado.
A dinâmica do julgamento prevê que, após a leitura da denúncia apresentada pela PGR, caberá às defesas apresentar sustentações orais de até uma hora em nome dos acusados.
Se forem mantidos os mesmos advogados que já se manifestaram na etapa de recebimento da denúncia, estes serão os responsáveis por sustentar perante os ministros do STF:
A dinâmica do julgamento prevê que, após a leitura da denúncia apresentada pela PGR, caberá às defesas apresentar sustentações orais de até uma hora em nome dos acusados.
Se forem mantidos os mesmos advogados que já se manifestaram na etapa de recebimento da denúncia, estes serão os responsáveis por sustentar perante os ministros do STF:
José Luis de Oliveira Lima, o Juca, conduz a defesa do ex-ministro da Casa Civil e candidato a vice na chapa de Bolsonaro em 2022, Walter Braga Netto. Com mais de 35 anos de carreira, o advogado ganhou notoriedade nacional ao defender o ex-ministro José Dirceu no Mensalão e o empresário Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, na Lava-Jato. Assumiu a defesa do general em dezembro de 2024, após a prisão preventiva decretada por suposta obstrução às investigações.
O criminalista Cezar Roberto Bittencourt defende o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid. Em 2006, o causídico protagonizou embate jurídico com o então juiz Sergio Moro no "Caso Banestado", conseguindo o afastamento do magistrado. Também defendeu o ex-deputado Rocha Loures, absolvido no episódio da "mala de R$ 500 mil". Crítico da delação premiada e dos métodos da Lava-Jato, classificou a prisão do presidente Lula como "açodada, intempestiva e ilegal".
Eumar Roberto Novacki defende o ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do DF, Anderson Torres. Novacki foi secretário-executivo do ministério da Agricultura no governo Michel Temer, secretário-chefe da Casa Civil de Mato Grosso sob Blairo Maggi e, posteriormente, ocupou a Casa Civil do DF na gestão de Ibaneis Rocha.
Paulo Renato Garcia Cintra Pinto atua pelo deputado Federal licenciado e ex-diretor da Abin - Agência Brasileira de Inteligência, Alexandre Ramagem. Especialista em Direito Eleitoral, atuou na fusão entre PTB e Patriota e já integrou a assessoria jurídica do MPF na área eleitoral. Atualmente, faz parte do escritório do advogado Eugênio Aragão, ex-ministro da Justiça.
Matheus Mayer Milanez defende o ex-ministro do GSI - Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno. O causídico é presidente da Comissão de Direito Militar da OAB/DF, professor e mestrando em Direito Penal na UnB. Ganhou visibilidade ao atuar na CPMI do 8 de Janeiro, experiência que o credenciou a assumir a defesa de Heleno no STF.
Demóstenes Torres, que voltou à advocacia após passagem pelo Senado, defende o ex-comandante da Marinha, o almirante Almir Garnier. Promotor de Justiça de carreira e ex-secretário de Segurança Pública de Goiás, Torres foi cassado em 2012 sob acusação de favorecer o empresário Carlos Cachoeira, no âmbito da Operação Monte Carlo. Em 2017, o STF anulou a investigação. Desde 2019, comanda escritório em Goiás com mais de 20 advogados.
Andrew Fernandes Farias, especialista em Direito Penal Militar, atua pelo ex-ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira. O causídico atuou no Júri do "Massacre da Estrutural", julgamento de dez policiais acusados por mortes em operação de desocupação em 1998. Foi presidente da Comissão de Direito Militar da OAB/DF e da Comissão Nacional de Direito Militar e Defesa Nacional da ABA, além de ter lecionado na Academia da Polícia Militar do DF.
