Retrospectiva do futebol brasileiro: Flamengo domina 2025 e Seleção muda comando
Ano foi marcado por hegemonia rubro-negra, títulos nacionais e continentais, surpresas no Mundial de Clubes e mudança histórica no comando da Seleção Brasileira
Créditos: Adriano Fontes/Flamengo
O futebol masculino brasileiro viveu um ano de forte protagonismo em 2025, com o Flamengo no centro das atenções. A equipe carioca encerrou a temporada como principal vencedora do país ao conquistar quatro títulos de peso, Campeonato Carioca, Supercopa do Brasil, Copa Libertadores da América e Campeonato Brasileiro, consolidando uma das campanhas mais marcantes de sua história recente.
Sob o comando de Filipe Luís, o Flamengo transformou regularidade em conquistas. Entre os troféus levantados, dois tiveram significado especial: o tetracampeonato da Libertadores e o eneacampeonato do Campeonato Brasileiro.
Tetra da Libertadores entra para a história
No dia 29 de novembro, o Flamengo conquistou a Copa Libertadores da América ao vencer o Palmeiras por 1 a 0, no Estádio Monumental de Lima, no Peru. O resultado garantiu ao clube carioca o posto de time brasileiro com mais títulos do principal torneio continental.
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O gol decisivo saiu aos 21 minutos do segundo tempo. Após cobrança de escanteio de Giorgian De Arrascaeta, o zagueiro Danilo subiu livre e cabeceou no canto direito do goleiro Carlos Miguel. Quatorze anos após marcar o gol do título do Santos contra o Peñarol, em 2011, Danilo voltou a ser decisivo em uma final de Libertadores.
Eneacampeonato brasileiro
Quatro dias depois da conquista continental, o Flamengo voltou a celebrar diante de sua torcida. Com gol de Samuel Lino, o Rubro-Negro derrotou o Ceará por 1 a 0, no Maracanã, e garantiu o título do Campeonato Brasileiro com antecedência.
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Foi o nono título nacional do clube, que já havia vencido a competição em 1980, 1982, 1983, 1987, 1992, 2009, 2019, 2020 e 2025.
Vice na Copa Intercontinental
O Flamengo ainda teve a chance de conquistar um quinto troféu na temporada: a Copa Intercontinental de Clubes. Na final disputada no Catar, o time brasileiro empatou por 1 a 1 com o Paris Saint-Germain no tempo normal, mas acabou derrotado por 2 a 1 na disputa de pênaltis.
Corinthians conquista a Copa do Brasil
A Copa do Brasil terminou com festa do Corinthians. Em final disputada no Maracanã, o Timão venceu o Vasco por 2 a 1, com gols de Yuri Alberto e do holandês Memphis Depay.
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Com a conquista, o Corinthians chegou ao quarto título da competição, após as taças de 1995, 2002 e 2009, e garantiu vaga na edição de 2026 da Libertadores.
Mundial de Clubes surpreende
A temporada também ficou marcada pela primeira edição da Copa do Mundo de Clubes da FIFA, disputada nos Estados Unidos, entre junho e julho. O torneio reuniu 32 equipes e contrariou a expectativa inicial de amplo domínio europeu.
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O primeiro grande resultado veio com a vitória do Botafogo, então campeão da Libertadores, sobre o PSG, vencedor da Liga dos Campeões. O Glorioso venceu os franceses por 1 a 0, com gol de Igor Jesus. Outros clubes brasileiros também se destacaram: o Flamengo venceu o Chelsea na fase de grupos, por 3 a 1, o Fluminense superou a Inter de Milão nas oitavas de final, por 2 a 0, e o Palmeiras estreou com empate sem gols diante do Porto.
O título acabou ficando com o Chelsea, que eliminou Palmeiras e Fluminense no mata-mata, mas a competição mostrou que a distância técnica entre clubes brasileiros e europeus é menor do que se imaginava.
Seleção Brasileira inicia nova fase
O ano também foi de mudanças profundas na Seleção Brasileira. A principal delas foi a chegada do italiano Carlo Ancelotti ao comando técnico, após sua saída do Real Madrid.
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Ancelotti assumiu a missão de reorganizar a Seleção depois de uma sequência de resultados negativos, que culminou na demissão de Dorival Júnior, após a derrota por 4 a 1 para a Argentina, pelas Eliminatórias Sul-Americanas.
Rumo à Copa do Mundo de 2026
A Copa do Mundo de 2026, que será disputada entre 11 de junho e 19 de julho, no Canadá, México e Estados Unidos, passou a ser o foco da nova comissão técnica.
Ancelotti tornou-se o terceiro treinador estrangeiro da história da Seleção Brasileira, após o uruguaio Ramón Platero, em 1925, e o argentino Filpo Nuñez, em 1965. Com passagens vitoriosas por Milan, Juventus, PSG, Chelsea, Bayern de Munique e Real Madrid, o italiano terá o desafio de conduzir o Brasil ao hexacampeonato mundial e encerrar um jejum que dura desde 2002.
