PSG e Inter de Milão fazem a final da Champions
A equipe italiana é tricampeã da Champions e busca o tetra. Já os parisienses querem a primeira taça
Por Luciano Neves

A final da Liga dos Campeões entre Paris Saint-Germain e Inter de Milão, neste sábado (31) às 16 horas, representa a quinta vez que Munique sedia a principal partida do futebol europeu. Historicamente, a cidade alemã tem se destacado por consagrar campeões inéditos. Essa é uma narrativa que os franceses esperam repetir na busca pelo seu primeiro título continental, enquanto os italianos chegam com a experiência de já terem levantado o troféu em três ocasiões.
As três primeiras finais da Liga dos Campeões ocorreram no Estádio Olímpico de Munique, enquanto a mais recente foi na Allianz Arena, que sediará a decisão desta temporada. Em todas as edições anteriores, o campeão foi um clube que conquistou seu primeiro título continental: Nottingham Forest (Inglaterra), Olympique de Marseille (França), Borussia Dortmund (Alemanha) e Chelsea (Inglaterra).
Na primeira década do século XXI, a Allianz Arena foi construída para abrigar partidas da Copa do Mundo de 2006. Foi neste moderno estádio que o Chelsea conquistou seu primeiro título europeu, em uma final que teve um sabor especial ao derrotar o próprio Bayern de Munique. Com a presença dos brasileiros David Luiz e Ramires na equipe, o Chelsea empatou em 1 a 1, e o goleiro tcheco Petr Cech foi fundamental ao realizar defesas decisivas nas cobranças de pênalti, levando a festa aos torcedores britânicos e deixando os alemães lamentando.
Com a tradição de Munique em consagrar campeões inéditos, a expectativa para a final entre PSG e Inter é alta. Os franceses, que vêm investindo maciçamente para conquistar seu espaço no cenário europeu, buscam quebrar a mística das finais em Munique e trazer o primeiro troféu para casa. Já a Inter, com uma rica história no futebol europeu, busca obter mais uma estrela em sua galeria.
Marquinhos
Sobrevivente da derrota na final da Champions League de 2020 e da famosa reviravolta contra o Barcelona em 2017, o brasileiro Marquinhos, capitão do PSG, espera dissipar a maldição para sempre e levantar o primeiro troféu do principal torneio europeu para o clube, embora seu sucesso contínuo não seja garantido. O zagueiro brasileiro de 30 anos é o símbolo de um clube que nunca esteve tão perto de realizar o sonho de levantar a Liga dos Campeões. “Já perdi uma final, sei o quanto dói”, disse ele há alguns dias. A próxima oportunidade é neste sábado, em Munique, contra a Inter.
No clube desde 2013, Marquinhos é o jogador com mais jogos, mais de 480 partidas, e conquistou dez títulos do Campeonato Francês. Ele viveu praticamente toda a “era catari”, que começou quando a Autoridade de Investimentos do Catar (QIA) assumiu o PSG em 2011. Assim como Presnel Kimpembe, lesionado e sem papel de destaque nos últimos anos, viu as grandes estrelas surgirem em um clube acostumado a constantes altos e baixos. Mas, acima de tudo, experimentou o fracasso na Liga dos Campeões, o grande sonho da última década. O PSG chegou à final em 2020 e às semifinais em 2021 e 2024. Talvez a pior lembrança para Marquinhos tenha sido a virada do Barcelona por 6 a 1 nas oitavas de final, em março de 2017. Naquele dia, ele foi titular na defesa ao lado do compatriota Thiago Silva. Uma decepção memorável que lhe deu a imagem de um jogador mentalmente frágil, rótulo que mantém até hoje. Ele também é o único sobrevivente das más lembranças contra Manchester City, Manchester United, Real Madrid e Bayern de Munique.
A caminho da sua segunda final europeia, o PSG, campeão da Ligue 1 desde abril, completou a dobradinha nacional no último sábado ao derrotar o Reims na final da Copa (3 a 0). Nesta temporada, ao lado do equatoriano Willian Pacho como zagueiro, ‘Marqui’ correspondeu às expectativas e demonstrou uma compostura renovada, assim como o restante do elenco.
Créditos: Gazeta Esportiva