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Presidente da Câmara de Ribeirão Preto pede a Moraes para entregar título a Bolsonaro em casa

Isaac Antunes quer autorização do STF para entregar pessoalmente o título de cidadão rio-pretense ao ex-presidente, que segue em prisão domiciliar em Brasília.

Presidente da Câmara de Ribeirão Preto pede a Moraes para entregar título a Bolsonaro em casa Créditos: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente da Câmara Municipal de Ribeirão Preto, Isaac Antunes (PL), protocolou um pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) solicitando autorização ao ministro Alexandre de Moraes para fazer a entrega presencial do título de cidadão rio-pretense ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A homenagem, aprovada em fevereiro deste ano pelos vereadores da cidade, foi proposta pelo próprio Antunes, que também preside o Partido Liberal (PL) no município. O pedido ocorre enquanto Bolsonaro cumpre prisão domiciliar em Brasília, determinada no âmbito das investigações sobre tentativa de golpe de Estado e organização criminosa.

Segundo o parlamentar, a entrega seria um ato “simbólico”, e só deve acontecer caso receba aval do STF. Se aprovada, a cerimônia ocorrerá na residência de Bolsonaro, em Brasília (DF), em data ainda a ser definida. Antunes afirmou que o ato respeitará integralmente as condições impostas pela Corte, o que inclui a proibição do uso de celulares e redes sociais durante a visita.

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Votação polêmica

A concessão do título a Jair Bolsonaro foi marcada por forte polarização na Câmara de Ribeirão Preto. Durante a sessão que aprovou a homenagem, o plenário precisou de reforço no efetivo da Guarda Civil Metropolitana, e o acesso ao local foi controlado por meio de senhas distribuídas por ordem de chegada.

Enquanto simpatizantes do ex-presidente exibiam faixas em apoio à medida, manifestantes contrários protestavam contra a proposta. Mesmo com o clima tenso, o projeto foi aprovado pela maioria dos parlamentares presentes.

Inicialmente, os vereadores planejavam realizar uma cerimônia pública para a entrega do título no primeiro semestre de 2024. No entanto, com o avanço do processo no STF, que resultou na condenação de Bolsonaro pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado e organização criminosa armada, a celebração acabou sendo adiada.

Antunes agora busca uma alternativa simbólica para concretizar o reconhecimento aprovado pela Câmara, sem descumprir as determinações judiciais.

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