Bolsonaro pede a Moraes autorização para receber Valdemar, Sebastião Coelho e bispo Rodovalho
Defesa do ex-presidente solicita ao Supremo que ele possa receber visitas em casa de aliados políticos e religiosos durante o período de prisão domiciliar.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para receber visitas em sua residência, onde cumpre prisão domiciliar desde o dia 4 de agosto. Os advogados de defesa solicitaram ao ministro Alexandre de Moraes, relator dos processos que envolvem o ex-mandatário, autorização para encontros com o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, o desembargador aposentado Sebastião Coelho e o bispo Rodovalho, fundador da Igreja Sara Nossa Terra.
Segundo a petição apresentada ao STF, os encontros teriam o objetivo de permitir diálogo direto entre as partes, sem detalhar o teor das conversas. Entre os solicitantes, apenas Valdemar da Costa Neto indicou uma data específica para a visita: 29 de outubro.
O pedido acontece poucos dias após a Primeira Turma do Supremo decidir reabrir uma investigação contra Valdemar da Costa Neto, relacionada ao inquérito da tentativa de golpe de Estado. O dirigente partidário havia sido poupado da denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, mas foi indiciado pela Polícia Federal (PF) por organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
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Com a nova decisão, Valdemar volta a ser formalmente investigado. No voto que determinou a reabertura da apuração, Alexandre de Moraes destacou que a medida estava condicionada à condenação de Carlos Cesar Moretzsohn Rocha, engenheiro e presidente da empresa Voto Legal, que foi sentenciado a 7 anos e 6 meses de prisão.
“Determino ainda, nos termos do voto, a remessa de cópias integrais da Ação Penal 2694 para a Petição 1200, a fim de que, conforme o artigo 18 do Código de Processo Penal, seja retomada a investigação em relação a Valdemar Costa Neto”, escreveu Moraes na decisão.
Os pedidos de visita de Sebastião Coelho e bispo Rodovalho também foram encaminhados à análise do ministro. A expectativa é de que Alexandre de Moraes decida nos próximos dias se autoriza ou não as reuniões no local onde Bolsonaro cumpre prisão domiciliar.
