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Presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar, é preso pela PF no Rio

Operação Unha e Carne apura vazamento de informações sigilosas que teria obstruído investigação ligada ao Comando Vermelho. Mandados foram autorizados por Moraes

Presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar, é preso pela PF no Rio Créditos: Rafael Campos

O presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar (União), foi preso preventivamente pela Polícia Federal na manhã desta quarta-feira (3). Ele é alvo da Operação Unha e Carne, que investiga o envolvimento de agentes públicos no vazamento de informações sigilosas que teriam prejudicado a Operação Zargun, deflagrada em setembro e responsável pela prisão do deputado estadual Thiego Raimundo dos Santos Silva (MDB), conhecido como TH Joias.

Na época, TH Joias foi alvo de duas operações simultâneas — Bandeirante e Zargun — mas não foi encontrado inicialmente nem em sua residência na Barra da Tijuca, nem em seu gabinete na Alerj. Ele acabou preso horas depois em um condomínio de alto padrão, também na Barra.

Segundo apurou a CNN Brasil, Bacellar foi chamado para uma reunião com o superintendente da PF no Rio, Fábio Galvão, e acabou detido ao chegar ao local. O parlamentar presta depoimento na Superintendência da PF na capital fluminense.

A operação desta quarta-feira também cumpre mandados de busca e apreensão na casa do deputado e na sede da Alerj, autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Relembre a Operação Zargun
Deflagrada em 3 de setembro, a Operação Zargun investigou um esquema de corrupção envolvendo lideranças do Comando Vermelho (CV) no Complexo do Alemão e diversos agentes públicos. Entre os investigados estavam um delegado da PF, policiais militares, um ex-secretário municipal e estadual, além de um deputado estadual.

A operação prendeu TH Joias, acusado de integrar organização criminosa armada, contrabando, exploração clandestina de telecomunicações, evasão de divisas, tráfico interestadual de drogas e violação de sigilo profissional.

Também foram detidos Alessandro Pitombeira Carrasena, ex-secretário estadual e municipal, três policiais militares e um delegado federal preso no Aeroporto do Galeão. As investigações apontam que lideranças do Comando Vermelho mantinham contato direto com autoridades públicas para garantir impunidade, acesso a informações restritas e facilitar a importação de armas do Paraguai e equipamentos antidrone da China, revendidos inclusive a facções rivais.

Com informações da CNN Brasil

 
 
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