A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quinta-feira (30), a segunda fase da Operação Magna Fraus para desarticular um esquema de fraudes eletrônicas que teria desviado mais de R$ 813 milhões de contas usadas por bancos e instituições de pagamento para gerir transferências PIX. Segundo a corporação, o grupo criminoso agia por meio de invasões de dispositivos eletrônicos e empresas de fachada responsáveis pela movimentação dos valores.
A operação tem alcance nacional e internacional, com o apoio da Interpol na Argentina e em Portugal, e da Brigada Central de Fraudes Informáticos da Polícia Nacional da Espanha. No Brasil, são cumpridos 42 mandados de busca e apreensão e 26 de prisão — sendo 19 preventivas e sete temporárias — nas cidades de Goiânia, Brasília, João Pessoa, Belo Horizonte, Betim, Uberlândia, Itajaí, Balneário Camboriú, Camaçari, Praia Grande e São Paulo.
Além das prisões, a Justiça determinou o bloqueio de bens e valores que podem chegar a R$ 640 milhões. Os investigados responderão por invasão de dispositivo informático, furto mediante fraude eletrônica e lavagem de dinheiro.
A primeira fase da operação, deflagrada em julho, já havia identificado um grupo especializado na lavagem de recursos ilícitos por meio de criptomoedas e técnicas avançadas de negociação digital, com o objetivo de ocultar a origem e a titularidade dos valores. Na ocasião, foram cumpridos mandados de prisão e busca nos estados de Goiás e Pará.
A PF afirma que as investigações seguem em andamento para identificar todos os envolvidos e rastrear os recursos desviados.
Créditos: Polícia Federal/divulgação
