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Pais fazem protesto após denúncias contra professores suspeitos de assediar alunas adolescentes: 'Abraçou à força e passou a mão no meu seio', relata vítima

Por Giuliano Saito


Suspeitos foram afastados dos cargos pela Justiça. Caso também é investigado pela Secretaria de Educação. g1 tenta contato com a defesa deles. Dois professores são investigados por assédio sexual Pais, mães e responsáveis de estudantes do Colégio Estadual Wistremundo Garcia, em Londrina, no norte do Paraná, fizeram um protesto nesta segunda-feira (3) por conta de casos de assédio relatados por alunas adolescentes contra dois professores da instituição. Ambos estão afastados judicialmente das salas de aula desde o dia 19 de junho, após um pedido feito pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR). O g1 tenta contato com a defesa dos professores. Um inquérito investiga as denúncias de assédio sexual contra os professores. De acordo com a polícia, as ocorrências teriam acontecido em 2022 e em 2023. Até o momento, 10 vítimas foram identificadas. Uma das adolescentes contou à RPC que, em julho de 2022, foi abordada por um dos professores, que não dava aulas para ela ainda. Na época, ela tinha 12 anos. "Na frente da diretoria ele chegou em mim, abraçou à força, passou a mão no meu seio depois de ter me abraçado. Implicou com a minha calça jeans, falou que aquela calça não era de escola, era calça de shopping. Nisso ele passava a mão na minha coxa e puxava a minha coxa, e apalpava ela", relembra a estudante. Adolescente relata ter sido assediada por professor em escola estadual de Londrina Reprodução/RPC O pai da adolescente conta que foi até a escola relatar à direção o que aconteceu, mas que a ausência de providências o incentivou a levar o caso à polícia. "A direção disse que ia tomar providência, ia falar com o professor. Pelo que eu entendi, isso não se resolveu. O que aconteceu, apareceu uma outra vítima, nós fomos investigando, investigando, foram aparecendo mais vítimas e vítimas", afirma o pai. A adolescente, agora com 13 anos, afirma que no início deste ano passou a ter aulas com o professor que a assediou e a situação se repetiu, dessa vez verbalmente. Protesto foi organizado por pais e responsáveis de alunos do colégio estadual onde assédios teriam acontecido em Londrina (PR) Reprodução/RPC "No final da aula dele de Educação Física ele falou que era pra eu ir sem a blusa de baixo para os meus seios ficarem mais livres e eu não senti confortável nessa hora. Eu lembro muito bem disso, marcou na minha mente porque foi bem desconfortável", afirma. Por meio de nota, a Secretaria Estadual de Educação do Estado do Paraná (Seed-PR) informou que vai cooperar com as investigações e que abriu um processo de sindicância para apurar os fatos. LEIA TAMBÉM: Avião desaparece em área de serra da Mata Atlântica no Paraná, e PM inicia buscas por passageiros Vídeo mostra caminhão arrastando 14 carros na BR-376 durante engavetamento; seis ficaram feridas Fábrica da Renault em São José dos Pinhais faz layoff para cerca de 1.000 trabalhadores Como denunciar? O Paraná possui uma série de canais de denúncia para registro da violência contra mulher. Eles atendem os mais variados tipos de crimes e também oferecem acompanhamento especializado para cada situação. Confira, abaixo, algumas opções. Central de Atendimento à Mulher – 180 A Central de Atendimento à Mulher recebe denúncias de violência, orienta mulheres sobre seus direitos e faz o encaminhamento para outros serviços quando necessário. O serviço funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana. É possível ter acesso ao atendimento por meio de uma ligação gratuita para o número 180, por meio de um e-mail para ligue180@mdh.gov.br, pelo aplicativo Proteja Brasil ou no site da ouvidoria. Patrulha Maria da Penha – 153 A Patrulha Maria da Penha protege, monitora e acompanha mulheres que receberam da Justiça as medidas protetivas de urgência. Vítima ou testemunhas de qualquer descumprimento das medidas protetivas podem acionar o serviço. A Patrulha Maria da Penha está disponível nas seguintes cidades e por meio dos seguintes telefones: Arapongas - 153 Araucária - 153 Cascavel - 153 Curitiba - 153 Foz do Iguaçu - 153 Londrina - 153 Maringá - 153 Ponta Grossa - 153 Sarandi - 153 São José dos Pinhais - 153 Toledo - 190 Centro de Referência de Atendimento da Mulher – CRAM O Centro de Referência de Atendimento à Mulher (Cram) é um espaço que presta acolhimento e atendimento humanizado às mulheres em situação de violência. São oferecidos atendimento psicológico, atendimento social, orientação e encaminhamento jurídico necessários à superação da situação de violência. Para buscar apoio basta entrar em contato por telefone ou ir presencialmente em uma das unidades. VÍDEOS: Mais assistidos do g1 Paraná Leia mais notícias da região no g1 Norte e Noroeste.