Operação Lente Sombria investiga exploração sexual de crianças
Um homem foi preso por armazenar imagens e vídeos de exploração infantil
Por Gazeta do Paraná

A Polícia Federal deflagrou na manhã de hoje a operação “Lente Sombria”, com o cumprimento de um mandado de prisão preventiva expedido pela 9ª Vara federal de Curitiba, em inquérito que investiga a exploração sexual de crianças e adolescentes e o compartilhamento de imagens de abuso sexual infantil na internet.
O indivíduo preso já havia sido alvo de um mandado de busca e apreensão cumprido no segundo semestre de 2024, sendo que durante o cumprimento da medida foi preso em flagrante por estar em posse de arquivos de imagem e vídeos de exploração sexual infantil, e atualmente encontrava-se em liberdade condicional.
A perícia técnica realizada nos equipamentos apreendidos com o indivíduo investigado identificou um grande volume de arquivos de vídeo produzidos por ele próprio, que registrava por meio de uma câmera escondida instalada em sua residência abusos sexuais praticados contra crianças entre 8 e 12 anos de idade, às quais tinha acesso devido a relação de confiança e proximidade que tinha com seus familiares.
Até o momento já foram identificadas ao menos 3 crianças vítimas de estupro de vulnerável e produção de pornografia infantil, as quais, após a realização do procedimento de depoimento especial, estão sendo encaminhadas junto à rede de proteção, a fim de que sejam acompanhadas e recebam todo o apoio necessário.
Confirmada a prática dos delitos investigados, o suspeito pode responder pela prática dos delitos de estupro de vulnerável, produção, posse e compartilhamento de pornografia infantil, crimes hediondos, cometidos por diversas vezes.
As investigações continuam em andamento, tendo como principal objetivo a identificação de outras vítimas de abuso, bem como de outras pessoas que possam ter, de qualquer forma, auxiliado na prática dos delitos, buscando-se ainda a identificação de outros crimes eventualmente relacionados.
O nome da operação, “Lente Sombria”, faz referência a sistemática utilizada pelo abusador, que se utilizava de uma câmera escondida em sua residência para registrar imagens íntimas das crianças que frequentavam o local, bem como dos abusos sexuais que praticava.