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Nucria de Cascavel identifica novas vítimas de padre preso por abusos sexuais

Duas pessoas são maiores de idade, de 33 e 20 anos, e um adolescente de 16 anos

Por Gazeta do Paraná

Nucria de Cascavel identifica novas vítimas de padre preso por abusos sexuais Créditos: Polícia Civil

A Polícia Civil do Paraná, por meio do Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria) de Cascavel, confirmou nesta segunda-feira (25) a identificação de mais três vítimas do padre de 41 anos preso no domingo (24) durante a operação “Lobo em Pele de Cordeiro”. Entre elas estão duas pessoas maiores de idade, de 33 e 20 anos, e um adolescente de 16 anos. Todas as vítimas são do sexo masculino.

Segundo as investigações, o abuso mais recente ocorreu há cerca de duas semanas, dentro da clínica onde o religioso oferecia atendimentos, tendo como vítima um jovem de 20 anos. Os três já prestaram depoimento à Polícia Civil.

O inquérito que levou à prisão do padre foi instaurado em 16 de julho, a partir de informações repassadas pela Agência Regional de Inteligência do 5º Comando Regional da Polícia Militar. As apurações apontam que o comportamento abusivo do investigado remonta a 2010, quando ainda era seminarista, e que as vítimas eram, em sua maioria, jovens ligados à Igreja ou adolescentes em situação de vulnerabilidade social, atraídos por presentes, dinheiro, viagens ou convites para dormir na residência do padre.

O religioso foi afastado de suas funções eclesiásticas no último dia 14 de agosto pela Diocese de Cascavel. Além dos abusos, a investigação também apura irregularidades financeiras na paróquia em que ele atuava até 2024 e o exercício ilegal da medicina por meio de “terapias complementares” em consultório próprio.

Até o momento, cerca de 14 pessoas já foram ouvidas pela Polícia Civil, incluindo três vítimas confirmadas. A prisão temporária foi decretada pela Justiça após indícios de que o padre tentava insistentemente contato com possíveis vítimas e testemunhas, o que poderia interferir nas investigações e gerar intimidação.

O investigado segue preso e à disposição do Judiciário. O NUCRIA reforça que outras possíveis vítimas ou testemunhas procurem a delegacia para colaborar com as apurações.

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