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Nova edição de “a_ponte” homenageia Erminia Silva

A nova edição da convocatória tem início no dia 28 de janeiro, com a publicação do edital, e recebe inscrições até as 17 horas do dia 28 de março. O resultado será divulgado no dia 19 de maio.

Por Gazeta do Paraná

Nova edição de “a_ponte” homenageia Erminia Silva Créditos: Caio Oviedo

Entre 27 de janeiro e 2 de fevereiro de 2025, a sétima edição da mostra a_ponte – cena do teatro universitário promove uma programação repleta de espetáculos, vivências, comunicação oral dos TCC’s selecionados na última edição, além do lançamento da publicação pontilhados e do novo edital.

Com programação na sede do Itaú Cultural e em outras instituições parceiras, a edição deste ano homenageia Erminia Silva, professora, historiadora e doutora da linguagem circense no Brasil.

O projeto a_ponte busca reunir estudantes de artes cênicas de todo o país para promover a renovação da cena teatral. Além da programação da mostra, são realizadas convocatórias anuais de trabalhos de conclusão de curso realizados em instituições de ensino de nível técnico e superior. A nova edição da convocatória tem início no dia 28 de janeiro, com a publicação do edital, e recebe inscrições até as 17 horas do dia 28 de março. O resultado será divulgado no dia 19 de maio.

Os trabalhos selecionados em 2024 serão divulgados na publicação pontilhados, lançada no dia 28 de janeiro, aqui no site do IC e na nossa página do Issuu.

Para preparar o clima para o início da programação da edição deste ano da mostra a_ponte, o coletivo Circo no Beco apresenta a vivência artística #Ocupa_Beco. A vivência acontece na rua e tem início com oficinas de montagem de malabares com materiais simples encontrado no dia a dia, como jornais, fitas adesivas coloridas, saquinhos de mercado, entre outras. A partir da construção dos malabares, os participantes são convidados a aprender a manipular os objetos criados.

Em seguida, acontece o Palco Aberto, show tradicional no Circo no Beco, onde as atrações são feitas pelo próprio público, dando a oportunidade para os participantes vivenciarem a experiência do palco demonstrando o que aprenderam na oficina ou algum talento próprio.

A noite se encerra com um show realizado por artistas convidados do projeto. Produzido pela equipe do Circo no Beco, o espetáculo compartilha a experiência do grupo de mais de 21 anos, fomentando e demostrando a importância de se criar novos espaços para compartilhamento de experiências.

Abrindo oficialmente a programação da mostra, a mesa Mina e o Circo brasileiro aborda as histórias de vida e a obra de Erminia Silva, a importância da sua obra para o circo e a historiografia brasileira e seus principais conceitos sobre as artes circenses – que são fundantes tanto para a compreensão histórica do circo como para sua compreensão crítica no presente.

Alice Viveiros de Castro é atriz, diretora e acrobata mental. Mergulhou no multiverso circense em 1985 levada por suas responsabilidades sindicais. Em 2006 foi eleita pela categoria circense para o Conselho Nacional de Políticas Públicas do Ministério da Cultura onde atuou até 2012.

Em 2005 publicou O Elogio da Bobagem- palhaços no Brasil e no mundo. Com Erminia Silva e Veronica Tamaoki formou o trio de acrobatas mentais: gente que escuta, estuda e milita com o Circo.

Daniel de Carvalho Lopes é graduado pela Faculdade de Educação Física da Universidade Estadual de Campinas (FEF/UNICAMP), mestre em Artes pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (IA/UNESP) e doutor pela Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (FE/USP). É educador de Circo Social e integrante desde 2006 do Grupo de Pesquisa em Circo (CIRCUS - FEF - UNICAMP - CNPq). É coordenador do website www.circonteudo.com.

Fotografia colorida do espetáculo Na lona de Benjamim. Na image, 5 artistas estão no centro do palco sob uma luz azul. A pessoa ao centro usa uma roupa bege e as outras usam roupas brancas. Ao fundo é possível ver uma lona de circo.

Na lona de Benjamim (imagem: Caio Oviedo)

O espetáculo do Grupo Cattapum refaz os passos do palhaço negro Benjamim de Oliveira em uma homenagem ao legado desse multi-artista propagador do Circo-teatro no começo do século XX, e aos artistas negros da época.

Na obra, uma trupe de palhaçaria que viaja no tempo/espaço remendando histórias do passado em busca da herança de Benjamim, encontra uma velha lona de circo, onde existe um morador desmemoriado que não lembra sobre a sua história, muito menos a de Benjamim.

Com samba, músicas do congado mineiro, folias de reis, mágicas, números cômicos, teatro de revista, radio novela e melodrama, a trupe embarca nas memórias do circo-teatro brasileiro para combater o surto de desmemória aguda.

Créditos: Das Agências São Paulo