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Moraes nega pressão a BC e diz que reuniões trataram apenas de sanções dos EUA

Ministro afirma que encontros com banqueiros ocorreram exclusivamente para discutir efeitos da Lei Magnitsky sobre serviços financeiros pessoais

Moraes nega pressão a BC e diz que reuniões trataram apenas de sanções dos EUA Créditos: Reprodução/TSE

O ministro Alexandre de Moraes esclareceu nesta terça-feira (23) que as reuniões mantidas com dirigentes do sistema financeiro tiveram como único objetivo tratar das consequências das sanções impostas a ele pelos Estados Unidos com base na Lei Magnitsky. A manifestação ocorreu após reportagem do O Globo afirmar que o ministro teria procurado o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, para pressionar em favor do banco Master.

Segundo a reportagem, teriam ocorrido três contatos telefônicos e um encontro presencial para tratar da operação de venda do banco ao BRB. Em nota, Moraes negou a versão e afirmou que, em razão das sanções, recebeu o presidente do Banco Central, a presidente do Banco do Brasil, além do presidente e do vice-presidente jurídico do Banco Itaú. O ministro também relatou participação em reunião conjunta com presidentes da Febraban e do BTG, além de vice-presidentes do Santander e do Itaú.

De acordo com o comunicado, “em todas as reuniões, foram tratados exclusivamente assuntos específicos sobre as graves consequências da aplicação da referida lei”, especialmente quanto à manutenção de movimentação bancária, contas correntes e cartões de crédito e débito.

Sanções e recuo dos EUA

Em julho, Moraes foi alvo de sanções do governo dos Estados Unidos, anunciadas pelo Departamento do Tesouro, que incluíram bloqueio de bens sob jurisdição americana, restrições a transações financeiras e limitações de entrada no país, sob acusação de violações de direitos humanos no exercício da função judicial. Em setembro, as medidas foram ampliadas para incluir a esposa do ministro e um instituto ligado à família.

No último dia 12, após mudanças no cenário político e diplomático e a reaproximação entre os governos brasileiro e norte-americano, os Estados Unidos revogaram as sanções contra Alexandre de Moraes, seus familiares e a entidade citada.

 
Com informações do Migalhas
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