Judoca de Toledo Shirlen Nascimento conquista bronze no Mundial de Judô 2025
Shirlen Nascimento ganha bronze e Daniel Cargnin prata no Mundial de Judô em Budapeste. Brasil soma medalhas rumo a Los Angeles 2028.
Por Gabriel Porta

O judô brasileiro subiu duas vezes ao pódio neste domingo (15), terceiro dia do Campeonato Mundial de Judô, que acontece em Budapeste, na Hungria. A paranaense Shirlen Nascimento, de Toledo, garantiu a medalha de bronze na categoria até 57 kg ao vencer a atleta Maysa Pardayeva, do Turcomenistão.
A competição é a primeira grande do ciclo olímpico para os Jogos de Los Angeles, em 2028. Ao todo, são 556 atletas de 93 países, incluindo 18 brasileiros, entre eles nomes de peso como Beatriz Souza (78 kg), Rafaela Silva (63 kg), Rafael Macedo (90 kg) e Leonardo Gonçalves (100 kg).
Além do bronze de Shirlen, o gaúcho Daniel Cargnin, duas vezes medalhista olímpico, ficou com a prata na categoria até 73 kg. O resultado quebrou um jejum de oito anos sem brasileiros na final do Mundial masculino. Cargnin, de 27 anos, voltou às competições recentemente após oito meses parado tratando lesões no ombro e no tornozelo, depois dos Jogos de Paris. Ele retornou em abril, no Pan-Americano de Santiago, quando levou prata no individual e ouro por equipes.
Na decisão, Cargnin foi superado pelo francês Joan-Benjamin Gaba, atual vice-campeão olímpico. A derrota veio no golden score, após sofrer um waza-ari.
“A gente costuma dizer que o Mundial, às vezes, é até mais difícil que a própria Olimpíada, porque pode dobrar algumas categorias. Eu acho que, em relação a Los Angeles, agora é manter o pé no chão. No ciclo passado, quando eu medalhei no Mundial, eu já pensei em medalhar na Olimpíada também. Eu estava pensando só no futuro e não aproveitava os momentos do presente, sabe? Então eu acho que agora é aproveitar essa medalha de prata. Eu acabei de perder a disputa ali, a final, mas é muita felicidade pela postura que eu tive dentro do tatame. Eu acho que tenho que me manter resiliente, porque as derrotas não podem ser o fim do mundo e a vitória também não pode ser o motivo de parar de treinar. Agora é colocar a cabeça no lugar para tentar ajudar a equipe o máximo possível na competição por equipes”, disse Cargnin, em declaração à Confederação Brasileira de Judô (CBJ).
Shirlen, de 25 anos, estreou em Mundiais, mas já vinha se destacando desde o fim de 2024, quando conquistou o bronze no Grand Slam de Abu Dhabi. O resultado a colocou na Seletiva Nacional, que garantiu vaga no Pan de Santiago, onde foi campeã. Depois, subiu novamente ao pódio no Grand Slam de Astana, com mais um bronze, antes de ser convocada para o Mundial.
Na disputa pela medalha de bronze em Budapeste, a judoca de Toledo venceu no golden score, aplicando um waza-ari sobre a turcomena Maysa Pardayeva.
“Eu peguei uma chave dura, logo no começo. Só que todo mundo me deu as dicas do que fazer, então pareceu até que foi um pouco fácil. Mas eu acho que eu sempre venho me esforçando muito, e uma hora o resultado vem. Eu acho que eu estou num momento muito bom, eu venho melhorando a cada dia. Estou tendo muita ajuda também, o pessoal vem me ajudando bastante”, contou Shirlen.
Brasileiros que competem nesta segunda (16):
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Nauana Silva (63 kg)
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Rafaela Silva (63 kg)
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Gabriel Falcão (81 kg)
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Luan Almeida (81 kg)