Intenção de consumo das famílias cresce pela primeira vez no ano no Paraná

Indicador sobe 2,5%, puxado pela melhora na avaliação sobre a compra de bens duráveis e pelo nível de consumo atual

Por Eliane Alexandrino

Intenção de consumo das famílias cresce pela primeira vez no ano no Paraná Créditos: Valter Campanato/Agência Brasil

O Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) do Paraná registrou, em julho, a primeira alta de 2025. A pesquisa, realizada mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) em parceria com a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), apresentou aumento de 2,5% em relação a junho, indicando uma avaliação mais positiva dos paranaenses quanto às condições de consumo.

Apesar da melhora, o índice ainda não atingiu a zona considerada de satisfação – definida como acima de 100 pontos – e fechou o mês em 90,1 pontos. O resultado também é 3,5% inferior ao registrado em julho de 2024.

No cenário nacional, o indicador apresentou crescimento moderado na variação mensal, com alta de 0,6%, alcançando 103,2 pontos.

“O índice de intenção de consumo das famílias em julho apresentou alta de 2,5% em relação a junho. Já o índice nacional cresceu 0,6% no mesmo período. Em relação aos subindicadores do índice paranaense, o emprego atual teve crescimento de 0,4% na avaliação mensal, a perspectiva profissional aumentou 3,8%, a renda atual cresceu 2,4%. O acesso ao crédito, por sua vez, diminuiu em 0,4%. O nível de consumo atual apresentou crescimento de 5,7%, enquanto a perspectiva de consumo teve uma diminuição de 1,3%. O momento para aquisição de bens duráveis foi o destaque do mês, com crescimento de 7,3%”, afirma o coordenador de Desenvolvimento Empresarial da Fecomércio, Rodrigo Schimidt.

Se comparado ao mesmo período deste ano com o do ano passado, o subíndice de perspectiva profissional cresceu 30,1%.

“Com relação à variação anual, ou seja, comparando julho de 2025 com julho de 2024, destaca-se o subíndice 'Perspectiva Profissional', que cresceu 30,1%. Na análise por faixa de renda, as famílias com rendimento acima de dez salários mínimos tiveram alta de 3,3%, enquanto entre aquelas com renda inferior o crescimento foi de 2,3%”, completa Schimidt.

Entre os componentes avaliados, o item Momento para Duráveis teve elevação de 7,3% na variação mensal, atingindo 55 pontos – embora siga como o fator com menor pontuação e 7,2% abaixo do resultado de julho do ano passado.

A percepção dos consumidores em relação ao Nível de Consumo Atual e à Perspectiva Profissional também apresentou avanços, ambos com 96,9 pontos e crescimentos de 5,7% e 3,8%, respectivamente. Este último, inclusive, é o único item com variação positiva na comparação anual, com aumento expressivo de 30,1%.

A Renda Atual segue como o fator mais bem avaliado, com 148,1 pontos e alta de 2,4% em julho. Já a Segurança no Emprego Atual também evoluiu, com leve crescimento de 0,4%, somando 109 pontos.

Por outro lado, a confiança dos consumidores recuou em dois componentes: Perspectiva de Consumo, que caiu 1,3% (61 pontos), e Acesso ao Crédito, com retração de 0,4% (63,5 pontos).

Análise por faixa de renda

A análise por faixa de renda revela maior otimismo entre as famílias com rendimentos acima de dez salários mínimos, que apresentaram alta de 3,3% no ICF, atingindo 98,5 pontos. Entre os consumidores com renda inferior a esse patamar, o crescimento foi de 2,3%, com 88,3 pontos.

Entre as famílias de maior poder aquisitivo, os destaques foram o aumento na Perspectiva Profissional (7,2%) e a melhora na avaliação do consumo de bens duráveis (5,4%). Já entre os lares de menor renda, as melhores avaliações foram sobre Momento para Duráveis (7,9%) e Nível de Consumo Atual (6,3%).

Consumo cresce 2,63% nos supermercados brasileiros

O consumo nos lares brasileiros registrou alta de 2,63% no primeiro semestre de 2025, segundo dados da Abras (Associação Brasileira de Supermercados). Em junho, na comparação com o mesmo mês do ano passado, o crescimento foi de 2,83%. Já em relação a maio, o indicador avançou 1,07%. Todos os dados foram deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA/IBGE) e abrangem todos os formatos de supermercados.

Foto: Divulgação

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