Influenciadores brasileiros ficam presos em Israel durante guerra com o Irã
Beto Martinne e Murilo Lorran estavam no país a convite do consulado para a Parada LGBTQIAPN+ e seguem isolados em hotel
Por Gazeta do Paraná

Dois influenciadores brasileiros, Beto Martinne e Murilo Lorran, estão entre os civis que permanecem em isolamento em Israel em meio ao conflito militar com o Irã, iniciado oficialmente em 13 de junho com a chamada Operação Rising Lion, lançada por Israel. A visita dos criadores de conteúdo fazia parte de um convite do Consulado de Israel para participar da Parada LGBTQIAPN+ em Tel Aviv.
No entanto, com a escalada dos ataques entre os países — incluindo bombardeios em cidades como Teerã, Tel Aviv e Haifa —, os dois estão hospedados em um hotel, aguardando orientações. O aeroporto internacional Ben Gurion, em Tel Aviv, está fechado, sem previsão de reabertura.
Relatos nas redes sociais
Em suas redes, Beto Martinne comentou a situação em tempo real, antes de deletar parte dos conteúdos.
“Oi gente, desculpa o sumiço, as coisas por aqui estão bem caóticas e estamos tomando o máximo de cuidado. Estamos bem, nos protegendo, sempre em alerta. Nunca imaginei que fosse vivenciar isso…”, escreveu em seu perfil no X (antigo Twitter).
Já no Instagram, reforçou:
“Estamos bem, em segurança, recebendo todo suporte necessário para ficar em segurança máxima durante todos os bombardeios!”
Apesar da tentativa de tranquilizar os seguidores, Beto passou a ser criticado por internautas que questionaram sua presença em uma região considerada de risco. Ele chegou a se defender, afirmando que havia viajado dias antes da eclosão do conflito:
“Viemos a convite do Consulado para celebrar a Parada LGBTQIAPN+ em Tel Aviv. Essa área é uma das mais seguras.”
Posteriormente, visivelmente abalado, desabafou novamente no X:
“Ai, quanta gente podre! Não vale a pena. Só sei que tô com meu psicológico arrasado e querendo voltar pra casa!”
Entenda o conflito
Desde o início da ofensiva israelense, o conflito já resultou em pelo menos 224 mortes no Irã e 24 em Israel, segundo fontes internacionais. A ação começou com ataques a instalações militares e nucleares iranianas, como o complexo de Natanz e bases do IRGC (Guarda Revolucionária). Em resposta, o Irã lançou mais de 150 mísseis e 100 drones contra território israelense.
As cidades de Tel Aviv, Haifa e Jerusalém registraram explosões e sirenes de alerta, e centros urbanos como Teerã sofreram impactos significativos. O fechamento do aeroporto dificultou a evacuação de estrangeiros e agravou o cenário humanitário.
A situação segue em estado crítico, com risco de escalada e envolvimento de outros países da região.
Com informações do portal Metrópoles.