História de Sandrão volta à tona após estreia da série Tremembé, do Prime Video
Personagem que ganhou notoriedade por se envolver com Suzane von Richthofen e Elize Matsunaga durante o cumprimento de pena voltou aos holofotes após o lançamento da nova produção da plataforma
Créditos: Reprodução Internet
A detenta Sandra Regina Ruiz, conhecida como Sandrão, voltou a ser assunto nas redes sociais após a estreia da série Tremembé, do Prime Video, que aborda casos e relações dentro do presídio paulista conhecido como o “presídio dos famosos”. Sandrão ganhou notoriedade nacional por seus relacionamentos com Suzane von Richthofen e Elize Matsunaga durante o período em que esteve presa.
A história do envolvimento de Sandrão com as duas mulheres foi relatada em obras do jornalista Ulisses Campbell, como Elize Matsunaga: A Mulher que Esquartejou o Marido e Suzane: Assassina e Manipuladora (Editora Matrix). De acordo com os livros, ela se relacionou primeiro com Elize e, posteriormente, com Suzane, com quem chegou a se casar dentro do presídio de Tremembé.
O crime cometido por Sandrão
Antes da fama dentro do sistema prisional, Sandrão vivia na periferia de Mogi das Cruzes (SP). Em 2003, ela foi condenada por participação no sequestro e morte do adolescente Tallisson, de 14 anos, filho de sua vizinha e amiga, Ana Maria.
A motivação do crime, segundo as investigações, era obter dinheiro para viajar a Fernando de Noronha e comprar um carro. Sandra e o então namorado, Valdir Ferreira Martins, planejaram o sequestro e contaram com a ajuda de um comparsa conhecido como Formiga, de 17 anos.
O jovem foi sequestrado em 21 de outubro de 2003 e mantido em cativeiro por três dias em uma casa pertencente à família de Valdir. Durante esse período, Sandra alternava entre o cativeiro e a casa da família da vítima, simulando solidariedade e até participando das negociações do resgate, que começou em R$ 40 mil e terminou em R$ 4.500.
Após o pagamento, o grupo descobriu que o adolescente havia tentado fugir, mas permaneceu dentro do imóvel. Reconhecendo Sandra e Valdir, ele acabou sendo morto a tiros em um local conhecido como Prainha, na zona rural de Mogi das Cruzes. O disparo foi feito por Formiga, na época menor de idade, para evitar uma punição mais severa.
Julgamento e condenação
As investigações policiais chegaram ao grupo após a quebra de sigilo telefônico. Formiga confessou o crime e foi condenado a medidas socioeducativas, conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Sandra foi condenada a 27 anos de prisão, pena posteriormente reduzida para 24 anos por não ter participado diretamente da execução. Já Valdir recebeu pena de 30 anos.
O caso voltou a ganhar repercussão com o lançamento de Tremembé, série que revive histórias marcantes do sistema prisional brasileiro e reabre discussões sobre crimes que chocaram o país.
