Formighieri aponta “extorsão” nos juros e cobra transparência em grandes obras do estado

O diretor da Gazeta do Paraná, Marcos Formighieri, fez no seu programa “Tijolinho”, no GCast, o Podcast da Gazeta, um “resumão” contundente sobre temas que, segundo ele, causam preocupação nacional, com foco especial nas polêmicas do Paraná. O vídeo abordou desde o aumento vertiginoso do endividamento brasileiro até a gestão de concessões e grandes obras estaduais, como a Ponte de Guaratuba.

O programa começou com a crítica ao endividamento alarmante de milhões de famílias e empresas no país. Formighieri não poupou o sistema financeiro, classificando o Brasil como um país dominado por “quadrilhas”, com destaque para a dos bancos. Ele ressaltou que, anualmente, o Tesouro Nacional paga cerca de R$ 1 trilhão em juros aos banqueiros, desviando recursos essenciais que poderiam ser aplicados em saúde e educação.

O ponto mais constestado por Formighieri foi a taxa de juros do cartão de crédito, que, para o diretor, constitui um crime. "Juro cobrado pelo cartão de crédito chega a 500% ao ano. O que é isso? É extorsão, é roubo," afirmou Marcos. Ele argumenta que a dívida do governo com o sistema financeiro retira a força política necessária para impor juros justos à população.

Embora tenha elogiado a saúde fiscal do Governo do Paraná, citando a austeridade e a redução de impostos como o IPVA, o foco rapidamente se voltou para as polêmicas estaduais.

A “quadrilha do pedágio” foi um dos principais alvos. O diretor denunciou que a concessão de rodovias, inicialmente prevista em lei para 30 anos, pode ser estendida para 60 anos por meio de uma alteração na minuta do contrato, montada em Brasília. Ele também criticou a cobrança indevida de pedágio sobre o eixo suspenso de caminhões.

Formighieri também levantou dúvidas sobre a nova política do governo de pavimentar rodovias com concreto, ao invés de asfalto betuminoso. O questionamento se intensificou ao questionar por que as concessionárias estariam cobrindo as placas de concreto para colocar asfalto. Ele questionou o que será que está por trás da questão, e apontou um possível favorecimento as fabricas de cimento, apelando ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas para investigar os interesses envolvidos.

Por fim, ao elogiar a decisão de construir a Ponte de Guaratuba, Formighieri cobrou transparência máxima sobre o processo licitatório. Ele exigiu que sejam esclarecidos os aditivos de tempo e dinheiro no contrato e que seja revelada a identidade da pessoa que, segundo ele, "domina as grandes licitações" no estado e indica os ganhadores. O episódio completo do Tijolinho você pode conferir no canal da Gazeta do Paraná no Youtube.