pref santa tereza Setembro 2025

Fliperamas ressurgem impulsionados por realidade virtual

Pesquisa revela que realidade virtual deixou de ser promessa de entretenimento para se tornar vetor de negócios no Brasil

Fliperamas ressurgem impulsionados por realidade virtual Créditos: Divulgação

No momento em que o lazer digital parece cada vez mais confinado às telas, o barulho das máquinas de fliperama voltou a ocupar shoppings e galerias pelo país. O que antes era lembrança dos anos 80, agora se reinventa com a ajuda da realidade virtual, tecnologia que vem transformando a experiência do público e a rentabilidade de pequenos negócios.

Dados da pesquisa “Como o mundo enxerga o Metaverso e a realidade aumentada”, realizada pela Ipsos em 29 países, incluindo o Brasil apontam que 84% dos brasileiros já estão familiarizados com a realidade virtual e 60% a veem de forma positiva no cotidiano. O índice supera a média global de 50%, o que indica espaço para crescimento do setor no país.

Em Erechim, no norte do Rio Grande do Sul, o fliperama Mega Games é exemplo desse movimento. O espaço, comandado por Anderson Soares, viu o faturamento multiplicar e hoje um terço do faturamento do fliperama é devido à atração de realidade virtual. O simulador, desenvolvido pela empresa de tecnologia de Santa Catarina Rilix, recria o percurso de uma montanha-russa e se tornou o carro-chefe do fliperama.

“Na época nem conhecia o óculos de realidade virtual, e quando descobri achei bem legal a ideia. É diferente para o público.”, conta Anderson.

Mesmo em um espaço de 120 metros quadrados, o empreendimento consegue manter um movimento constante devido a inserção da realidade virtual no fliperama. Segundo o empresário, o segredo está em tratar a atração não como um brinquedo, mas como uma experiência inédita.

Tecnologia nacional ganha espaço

A popularização da realidade virtual também se deve ao avanço de empresas brasileiras no setor. A fabricante do simulador usado na Mega Games é uma das pioneiras na área, com produção e suporte técnicos realizados no país. A Rilix surgiu em 2014 e possui fabricação no estado de Santa Catarina. O diferencial, segundo Anderson, é a assistência rápida e o custo de manutenção reduzido.

“Antes, equipamentos assim vinham de fora e demoravam meses para ter suporte. Hoje, a gente liga na Rilix e resolve em um dia”, explica.

A Diretora de Vendas e Marketing da Rilix, Rafaela Sedlacek, explica que a procura pelo investimento se dá principalmente ao fato de que a operação é enxuta, não precisando de nenhum funcionário e podendo ser utilizada em shoppings, restaurantes, arcades, buffets infantis e outros estabelecimentos.

“Nossa empresa emprega dezenas de colaboradores para garantir que as máquinas sejam resistentes, para que as crianças e jovens tenham experiências afetivas encantadoras e para que os empresários possam ter lucro rápido sobre o seu investimento”, afirma a diretora.

Além disso, a diretora comenta que a empresa está sempre buscando lançar novos jogos e cenários. Dessa maneira, os empreendedores que adquirem o brinquedo com realidade virtual ficam sempre atualizados no mercado.

“Nós, da Rilix, atualizamos os softwares de maneira gratuita para os empresários. É uma forma de fomentar a novidade constante ao consumidor e garantir que as empresas, como os fliperamas, tenham a tranquilidade de investir em um produto que não fique obsoleto com o passar do tempo”, finaliza Rafaela Sedlacek.

Do lazer à oportunidade de negócio

Para além da diversão, o renascimento dos fliperamas mostra como a experiência física continua relevante, especialmente quando apoiada por tecnologia imersiva. Anderson acredita que a combinação entre nostalgia e inovação explica o sucesso do modelo.

“Uma pessoa que nunca experimentou óculos de realidade virtual, anda no Rilix Coaster e chega em casa contando para os tios, primos e traz a família no dia seguinte para conhecer. Na minha opinião, é a primeira vending machine que qualquer empresa do segmento precisa colocar em seu negócio. Isso ajudou muito a loja, essa publicidade orgânica. Há pessoas que vêm de outras cidades para andar na montanha-russa.”, finaliza Anderson.

Para o empresário, o investimento em realidade virtual representa mais do que lucro: é uma forma de manter viva uma tradição que aprendeu a dialogar com o futuro.

Créditos: Assessoria Acesse nosso canal no WhatsApp