Fliperamas ressurgem impulsionados por realidade virtual
Pesquisa revela que realidade virtual deixou de ser promessa de entretenimento para se tornar vetor de negócios no Brasil
 Créditos: Divulgação
                Créditos: Divulgação
                No momento em que o lazer digital parece cada vez mais confinado às telas, o barulho das máquinas de fliperama voltou a ocupar shoppings e galerias pelo país. O que antes era lembrança dos anos 80, agora se reinventa com a ajuda da realidade virtual, tecnologia que vem transformando a experiência do público e a rentabilidade de pequenos negócios.
Dados da pesquisa “Como o mundo enxerga o Metaverso e a realidade aumentada”, realizada pela Ipsos em 29 países, incluindo o Brasil apontam que 84% dos brasileiros já estão familiarizados com a realidade virtual e 60% a veem de forma positiva no cotidiano. O índice supera a média global de 50%, o que indica espaço para crescimento do setor no país.
Em Erechim, no norte do Rio Grande do Sul, o fliperama Mega Games é exemplo desse movimento. O espaço, comandado por Anderson Soares, viu o faturamento multiplicar e hoje um terço do faturamento do fliperama é devido à atração de realidade virtual. O simulador, desenvolvido pela empresa de tecnologia de Santa Catarina Rilix, recria o percurso de uma montanha-russa e se tornou o carro-chefe do fliperama.
“Na época nem conhecia o óculos de realidade virtual, e quando descobri achei bem legal a ideia. É diferente para o público.”, conta Anderson.
Mesmo em um espaço de 120 metros quadrados, o empreendimento consegue manter um movimento constante devido a inserção da realidade virtual no fliperama. Segundo o empresário, o segredo está em tratar a atração não como um brinquedo, mas como uma experiência inédita.
Tecnologia nacional ganha espaço
A popularização da realidade virtual também se deve ao avanço de empresas brasileiras no setor. A fabricante do simulador usado na Mega Games é uma das pioneiras na área, com produção e suporte técnicos realizados no país. A Rilix surgiu em 2014 e possui fabricação no estado de Santa Catarina. O diferencial, segundo Anderson, é a assistência rápida e o custo de manutenção reduzido.
“Antes, equipamentos assim vinham de fora e demoravam meses para ter suporte. Hoje, a gente liga na Rilix e resolve em um dia”, explica.
A Diretora de Vendas e Marketing da Rilix, Rafaela Sedlacek, explica que a procura pelo investimento se dá principalmente ao fato de que a operação é enxuta, não precisando de nenhum funcionário e podendo ser utilizada em shoppings, restaurantes, arcades, buffets infantis e outros estabelecimentos.
“Nossa empresa emprega dezenas de colaboradores para garantir que as máquinas sejam resistentes, para que as crianças e jovens tenham experiências afetivas encantadoras e para que os empresários possam ter lucro rápido sobre o seu investimento”, afirma a diretora.
Além disso, a diretora comenta que a empresa está sempre buscando lançar novos jogos e cenários. Dessa maneira, os empreendedores que adquirem o brinquedo com realidade virtual ficam sempre atualizados no mercado.
“Nós, da Rilix, atualizamos os softwares de maneira gratuita para os empresários. É uma forma de fomentar a novidade constante ao consumidor e garantir que as empresas, como os fliperamas, tenham a tranquilidade de investir em um produto que não fique obsoleto com o passar do tempo”, finaliza Rafaela Sedlacek.
Do lazer à oportunidade de negócio
Para além da diversão, o renascimento dos fliperamas mostra como a experiência física continua relevante, especialmente quando apoiada por tecnologia imersiva. Anderson acredita que a combinação entre nostalgia e inovação explica o sucesso do modelo.
“Uma pessoa que nunca experimentou óculos de realidade virtual, anda no Rilix Coaster e chega em casa contando para os tios, primos e traz a família no dia seguinte para conhecer. Na minha opinião, é a primeira vending machine que qualquer empresa do segmento precisa colocar em seu negócio. Isso ajudou muito a loja, essa publicidade orgânica. Há pessoas que vêm de outras cidades para andar na montanha-russa.”, finaliza Anderson.
Para o empresário, o investimento em realidade virtual representa mais do que lucro: é uma forma de manter viva uma tradição que aprendeu a dialogar com o futuro.
Créditos: Assessoria 
                
                
            
 
																			 
																			 
																			 
																			 
																			 
																			 
																			 
																			 
                     
                     
                    