'Ele disse que não viu e nem ouviu o trem se aproximando', diz delegado sobre depoimento de motorista de ônibus da Apae

Acidente aconteceu em Jandaia do Sul e deixou duas meninas mortas. Veículo transportava 25 crianças no momento da colisão. g1 tenta contato com a defesa dele. Duas meninas morrem em acidente entre trem e ônibus escolar da Apae em Jandaia do Sul O motorista do ônibus escolar da Associação de Pais e Amigos de Excepcionais (Apae) de Jandaia do Sul, norte do Paraná, alegou à Polícia Civil que "não viu e nem ouviu" a chegada do trem. A batida aconteceu no final da manhã desta quinta-feira (9) e deixou duas meninas mortas. Elas eram alunas da instituição. Veja no vídeo acima. A reportagem tenta contato com a defesa dele. Em entrevista ao g1, o delegado Carlos Diego Paravidino, o condutor foi ouvido acompanhado de um advogado. Durante o depoimento, ele alegou que prestou socorro às vítimas, mas deixou o local do acidente com medo de ser agredido. "Ele confirmou que não viu o trem se aproximando, e sequer ouviu barulho, mesmo após um carro ter parado do outro lado da rua. Como prestou socorro, foi liberado, o que inclusive está previsto pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB)". Um vídeo mostrou o exato momento do acidente. Nas imagens, o ônibus avança a linha férrea e é atingido em cheio. Ao lado direito, há uma placa preta sinalizando aos motoristas que cruzam o trecho: "Pare, olhe e escute". Ônibus escolar da Apae é atingido por trem no Paraná; duas meninas morreram Rodrigo Grando/RPC Velocidade Segundo o delegado, o motorista tem 43 anos e desde agosto do ano passado transportava estudantes da Apae de Jandaia do Sul. Paravidino também espera laudos do Instituto de Criminalística para saber a velocidade tanto do ônibus quanto do trem. Veja também Empresária que morreu de câncer conforta própria família com carta póstuma: ‘Minha hora chegou e tá tudo bem’ PRF volta a liberar trânsito de veículos na BR-277 no sentido litoral do Paraná "Ele (motorista) afirmou que já tinha experiência em dirigir ônibus. Vamos ouvir testemunhas do local, como moradores próximos, e eventualmente as vítimas". Conforme o delegado, o inquérito vai apurar inicialmente o caso como homicídio culposo, quando não há intenção de matar, e lesão corporal culposa. Mais assistidos do g1 PR Leia mais em g1 Norte e Noroeste.