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Com mananciais com baixo nível de água, Sanepar faz alerta para consumo consciente

Situação é considerada preocupante especialmente nas regiões Central e Oeste do Estado, onde os mananciais que abastecem as cidades estão operando com vazões abaixo

Por Da Redação

Com mananciais com baixo nível de água, Sanepar faz alerta para consumo consciente Créditos: André Thiago/Sanepar

Diante do cenário de estiagem que atinge todo o Paraná, a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) intensificou o alerta à população para o uso racional da água. Com baixos volumes de chuva registrados nos últimos meses, a situação é considerada preocupante especialmente nas regiões Central e Oeste do Estado, onde os mananciais que abastecem as cidades estão operando com vazões abaixo do normal.

“O Paraná todo enfrenta um longo período de seca, com volumes de chuva muito aquém do esperado. E o alerta mais severo vem das regiões Central e Oeste, onde o número de mananciais em situação crítica aumentou consideravelmente”, afirmou Julio Gonchorosky, diretor de Meio Ambiente da Sanepar. A Companhia utiliza o sistema InfoHidro, desenvolvido em parceria com o Simepar, para monitorar em tempo real a situação dos recursos hídricos utilizados no abastecimento público.

Segundo Gonchorosky, os dados do InfoHidro apontam que diversos mananciais já operam com vazões mensais muito abaixo da média. Em cidades como Vitorino, por exemplo, o Rio Vitorino segue em regime de seca persistente. Já em Francisco Beltrão, o Rio Marrecas apresenta volumes extremamente baixos. Mesmo na capital, Curitiba, a situação inspira atenção: dos mais de 120 milímetros de chuva esperados nos últimos 30 dias, apenas cerca de 40 mm foram registrados.

Apesar de a capital contar com um sistema de barragens que ajuda a enfrentar períodos de estiagem, especialmente durante o inverno, a previsão de chuvas mais intensas só deve se confirmar a partir de setembro, com o início da primavera. “Até lá, precisamos redobrar os cuidados. A água é um bem precioso e finito. A conscientização da população é fundamental para evitar medidas mais drásticas, como o racionamento”, alertou o diretor.

Medidas simples, impacto significativo

Com o objetivo de engajar a população, a Sanepar divulgou uma série de orientações práticas para reduzir o consumo de água no dia a dia. O foco é priorizar o uso da água tratada para alimentação e higiene, evitando o desperdício em atividades como lavagem de calçadas, carros ou irrigação em horários inadequados.

Entre as recomendações, estão:

  • Banhos mais curtos: Um chuveiro comum consome cerca de 6 litros de água por minuto. Reduzir o tempo do banho de 10 para 5 minutos pode economizar 30 litros por pessoa — em uma casa com quatro moradores, isso representa 3.600 litros por mês.
  • Fechar a torneira ao escovar os dentes ou fazer a barba: Em dois minutos com a torneira aberta, são consumidos cerca de 13 litros. Três escovações diárias com a torneira fechada podem poupar até 900 litros por mês por pessoa.
  • Economia na descarga: A instalação de uma garrafa PET de 1 litro dentro da caixa acoplada pode economizar até 480 litros mensais em uma residência com quatro pessoas.
  • Uso consciente na cozinha: Lavar a louça com a torneira aberta por 15 minutos pode gastar até 120 litros. Acumular a louça e ensaboá-la com a torneira fechada evita o desperdício de até 1.800 litros mensais.
  • Evitar mangueiras: Uma mangueira ligada por 15 minutos pode consumir até 280 litros de água. Varrer calçadas e usar balde para lavar carros são alternativas mais sustentáveis.
  • Cuidado com vazamentos: Um pequeno furo de 2 mm em um cano pode desperdiçar 3.200 litros por mês. Torneiras pingando continuamente representam outros 600 litros perdidos. A Sanepar orienta que casos em vias públicas sejam comunicados pelo 0800 200 0115.