Ponto 14

Com foco na segurança financeira da família, engenheiro entra no universo dos investimento: 'A maior dúvida era saber quem procurar'

Por Giuliano Saito


Maurício Torres, tem 45 anos, e decidiu começar a investir para dar segurança financeira à família. Para quem nunca investiu ou para quem não é, de alguma forma, ligado ao assunto esse parece um tema difícil. Freepik Um dos temas mais complexos dentro da educação financeira é como entrar para o ramo de investimentos. Para quem nunca investiu ou para quem não é, de alguma forma, ligado ao assunto esse parece um tema difícil. Maurício Torres, de 45 anos é gerente de projeto de automação, casado e com três filhos. Ele queria dar segurança financeira para a família e, assim, há 11 meses, decidiu investir os recursos que tinha guardado. “A maior dúvida era saber quem procurar, qual instituição, bem como qual me daria o melhor suporte e segurança. ” Torres explicou que a decisão foi tomada pensando em um futuro a médio e longo prazo e com o intuito de garantir uma condição financeira melhor. "Uma independência financeira fora dos moldes convencionais”, acrescentou. Um dos maiores medos do Maurício era perder o que tinha acumulado durante alguns anos. Depois de buscar orientação profissional, ele achou a melhor forma de realizar um investimento . “Aloquei meus recursos em multimercado e também em juros.” Consultora responde perguntas e dá dicas para começar a investir: A economista e assessora de investimentos Juliane da Costa Perardt afirma que, com as várias possibilidades de investimento hoje em dia, cada um pode escolher o risco que está disposto a correr. “Todo investimento tem risco, alguns menores do que outros, o risco está relacionado ao quanto de volatilidade você está disposto a correr” O que é necessário saber para começar a investir? Eu sugiro sempre iniciar pelo investimento mais simples e seguro do mercado, o Tesouro Selic, e, assim que completar sua reserva de emergência, iniciar lentamente o processo de diversificação. Lembrando que a reserva de emergência é aquela que precisamos para custear em torno de seis a 10 vezes o nosso custo de vida mensal, ou seja, para um novo investidor que tem um custo de vida de R$10.000,00, seria ideal que ele tivesse uma aplicação com liquidez na casa de R$ 60 mil, antes de partir para novos produtos. Qual a melhor forma de investir? A melhor forma de investir é ter como prerrogativa a geração de renda acima do seu custo de vida, e utilizar esse adicional para poupar ao longo do tempo. Contar com uma assessoria profissional é um ótimo caminho para te ajudar a conquistar os seus objetivos de vida. Atualmente, existem vários players no mercado de assessoria financeira, esses profissionais são preparados para te orientar e explicar sobre todo o universo de investimentos. Qual deve ser o primeiro investimento? Fundo de Investimento Renda Fixa Referenciados DI pode ser uma excelente alternativa para quem quer começar, pois, normalmente, possuem taxas de administração baixas e entregam resultado próximo da taxa Selic. Além disso, são facilmente encontrados nas plataformas digitais e corretoras. Esses fundos tendem a ter um retorno constante e boa liquidez, sem trazer muita volatilidade para quem está começando. O que a pessoa que vai investir precisa analisar sobre si para saber por onde começar? Entender o seu momento de vida, objetivos para o curto, médio e longo prazo e a sua aversão ao risco irão te deixar mais confiantes para o futuro. Ser curioso e procurar conhecer sobre esse universo irá colocá-lo à frente das suas decisões. Ter disciplina e vontade de aprender serão seus aliados nessa longa jornada. Uma dica que sempre dou para os meus clientes é: conheça seu perfil de risco, faça um plano factível de investimentos e siga ele à risca. Permita-se usufruir da sua renda com consciência, proteja-se de imprevistos e coloque o seu plano visível aos seus olhos todos os dias - isso dará vontade de persegui-lo até o final. É possível investir sem ter riscos? Todo investimento tem risco, alguns menores do que outros. O risco está relacionado ao quanto de volatilidade você está disposto a correr, para ter um ganho adicional a taxa básica de juros da economia (Selic), que atualmente está em 13,75% ao ano. Isso significa que à medida que sua carteira cresce, e dada a devida atenção a sua liquidez imediata, você pode caminhar para diversificar a sua carteira em busca de resultados melhores. Esses resultados melhores levam em conta a volatilidade e a liquidez da sua carteira, quanto mais liquida e conservadora ela for, mais aderente a taxa básica de juros ela estará. Quanto mais volátil ela for, mais propensão a resultados melhores ela terá, porém não existe almoço grátis nesse tema, para ganhar mais, também é necessário arriscar mais. Leia mais: Paranaense que integrou equipe brasileira na Olimpíada Internacional de Economia se destaca em prova sobre finanças: 'É necessário saber onde investir e qual a melhor forma' 'Abrir uma empresa sempre foi um sonho', diz empresário; especialista dá dicas de como ter o próprio negócio Identificar gastos e receitas melhora a vida financeira, alerta economista; veja como criar o próprio controle Os vídeos mais assistidos do g1 PR: Leia mais notícias em g1 Paraná.