Ciclone extratropical de grande intensidade se forma no Atlântico Sul
Impactos no continente serão limitados
Por Gazeta do Paraná

Uma área de baixa pressão que atua nesta segunda-feira (9) sobre o Rio Grande do Sul, responsável por provocar chuva no estado, avança para o Oceano Atlântico e dará origem a um ciclone extratropical de grande intensidade em mar aberto.
De acordo com a MetSul Meteorologia, o centro da baixa pressão se deslocará para o Atlântico ainda hoje, a Sudeste do Chuí, com pressão de 1.010 hPa. A partir daí, o sistema passará por um rápido processo de intensificação. Durante a madrugada de terça-feira (10), a pressão central cairá para 1.002 hPa, caracterizando a formação do ciclone.
Ao longo da terça, o sistema se afastará gradualmente da costa, aprofundando-se de forma significativa. Pela manhã, a pressão no centro do ciclone já deverá estar em 998 hPa. À noite, a estimativa é de 987 hPa, uma queda de 23 hPa em apenas 24 horas — quase no limite de caracterização de uma ciclogênese explosiva, também chamada de “ciclone bomba”.
Na quarta-feira (11), o fenômeno deve atingir seu auge, com pressão central variando entre 983 hPa e 985 hPa. Apesar da intensidade, estará distante do continente, a cerca de 1.500 a 1.800 quilômetros da costa, em pleno Atlântico.
Efeitos previstos no Sul do Brasil
A expectativa dos meteorologistas é de que os impactos em terra sejam limitados, já que a fase mais intensa do ciclone ocorrerá longe da costa. Mesmo assim, são previstas rajadas de vento:
-
Campos de Cima da Serra (RS): rajadas entre 70 km/h e 90 km/h, podendo ser isoladamente superiores, principalmente entre Cambará do Sul e São Francisco de Paula.
-
Planalto Sul de Santa Catarina: possibilidade de rajadas de intensidade semelhante na borda da Serra.
-
Litoral: ventos entre 50 km/h e 70 km/h, mais fortes no Litoral Norte.
-
Porto Alegre: rajadas de 50 km/h a 60 km/h, especialmente nas margens do Guaíba, com menor intensidade no restante da capital.
Na quarta-feira, com o ciclone já distante, o vento mais intenso permanecerá restrito ao mar, com rajadas que podem superar 150 km/h perto do centro do sistema. Em terra, a tendência é de enfraquecimento do vento, com predomínio de tempo mais estável no Sul do Brasil devido à atuação de um centro de alta pressão.
Com informações da MetSul
