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Quando população 'encolhe', repasse federal ao município também diminui. Confederação calcula que Paraná pode ter queda anual de cerca de R$ 146 milhões em cotas de fundo de participação. Dados preliminares do Censo 2022 mostram que cidades pequenas ficaram ainda menores Dados preliminares do Censo Demográfico de 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que cidades do Paraná com menos moradores ficaram ainda menores. A diminuição da população é um problema, porque afeta o orçamento dos municípios. O coordenador técnico do censo, Flavio Toberto Shuiler de Oliviera, destaca que a contagem populacional feita pelo IBGE impacta, por exemplo, na distribuição de cotas do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) calculou que o Paraná terá uma perda anual de quase R$ 146 milhões por ano por causa da queda dos repasses do FPM em 28 cidades. O município de Mariluz, no noroeste do estado, é um dos que viu o número de habitantes reduzir. O prefeito Paulo Armando da Silva cita que o Executivo terá que ajustar as finanças. "Teremos que mudar a nossa forma de fazer gestão: tentar economizar, enxugar a nossa despesa corrente líquida, para que nós possamos deixar as nossas contas em dia." Segundo a prévia do levantamento, dos dez menores municípios do estado, seis ficam no noroeste: Jardim Olinda Nova Aliança do Ivaí Esperança Nova Guaporema Uniflor São Manoel do Paraná População do município cai, repasses federais também RPC Noroeste A menor cidade do estado segue sendo Jardim Olinda. Porém, os dados do IBGE mostram que a cidade encolheu: no censo de 2010 eram 1.409 habitantes, a pesquisa encerrada em 2022 indica que agora 1.280 vivem no município. O estudante Adrian Carvalho de Lima nasceu em Jardim Olinda e hoje mora em Paranavaí, a cerca de cem quilômetros. A família ficou por lá O filho deixou a cidade natal para fazer faculdade de Educação Física - e não pretende voltar. A maioria dos amigos dele fez o mesmo, em busca de oportunidades de estudo e de emprego. "Eu pretendo continuar a jornada acadêmica em outras cidades maiores, com outras oportunidades também", disse. O sociólogo Rafael Egídio explica que municípios que registram redução das populações muitas vezes não vem se adequando "à modernidade do setor urbano brasileiro". Leia também: Mulher agredida pelo ex-marido enquanto trabalhava consegue nova medida protetiva Jiboia é capturada em prainha do Rio Paraná; VÍDEO Aos 59 anos, analfabeta dá primeiro passo e se matricula na escola: 'Estou na letra B e assim vou indo' Os vídeos mais assistidos do g1 PR: O Mais notícias do estado em g1 Paraná.
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