Cascavel promete ter semana de calor intenso
Confira dicas para se proteger do sol intenso que atingirá a Capital do Oeste durante esta semana

A semana em Cascavel será marcada por dias predominantemente quentes, com temperaturas elevadas. A região terá médias de 32°C, com sensação térmica de até 35°C. O site do Simepar emitiu um Alerta Laranja para onda de calor na Capital do Oeste. É o famoso 'um sol para cada um'. Esse clima deve persistir até esta terça-feira (04). Lembre-se que, durante esse período, é essencial redobrar os cuidados com a saúde, evitando exposição prolongada ao sol e manter-se hidratado.
Na quarta-feira (05), uma mudança no padrão do tempo está prevista: tempestades isoladas, acompanhadas de raios e trovões, podem ocorrer ao longo do dia. As temperaturas caem um pouco, variando entre 21°C e 29°C. Na quinta-feira (06), o calor reaparece, com temperaturas entre 21°C e 31°C. Já na sexta-feira (07), o calor intenso retorna, com máximas de 32°C e mínimas de 21°C. O sol forte predomina, e o dia exige cuidados extras com a hidratação e proteção solar. “Em termos técnicos, onda de calor se caracteriza por temperaturas de pelo menos cinco graus celsius acima da média, por pelo menos cinco dias seguidos”, explica Reinaldo Kneib, meteorologista do Simepar.
Perigos
Nos últimos dias, temperaturas extremamente altas ultrapassaram os 40ºC em diversas partes do Brasil, quebrando recordes e destacando os riscos associados ao calor extremo. Mortes relacionadas a essas condições já foram registradas em diferentes partes do mundo, uma vez que o corpo humano, assim como em situações de frio intenso, pode entrar em colapso sob calor excessivo. A temperatura exata em que isso ocorre varia de acordo com fatores como idade, condições de saúde e ambiente. Quando a temperatura corporal atinge cerca de 40ºC, já há motivos para preocupação. Estudos realizados em câmaras de exposição indicam que temperaturas de 42ºC podem colocar em risco até mesmo pessoas jovens e saudáveis. No entanto, esses ambientes controlados não refletem a realidade, onde a tolerância ao calor pode ser ainda menor, dependendo de fatores como doenças preexistentes, idade e condições das habitações.
Muitas cidades brasileiras não possuem construções adaptadas para suportar variações climáticas extremas ao longo do ano. A falta de isolamento térmico faz com que muitas pessoas sintam frio ou calor mesmo dentro de suas casas. Em bairros periféricos de grandes metrópoles, os riscos são ainda maiores devido à precariedade das moradias e à escassez de áreas verdes, o que intensifica os efeitos do calor extremo. Além disso, as características climáticas de cada região influenciam a percepção do calor. Por exemplo, enquanto os moradores de São Paulo começam a sentir desconforto a partir dos 28ºC, em Teresina é comum lidar bem com temperaturas de até 34ºC.
Os grupos mais vulneráveis aos efeitos do calor são idosos e pessoas com doenças crônicas, devido à menor eficiência dos mecanismos naturais de regulação térmica do corpo, como a produção de suor, pelos corporais e vasodilatação. Esses grupos têm maior risco de desidratação, especialmente crianças e idosos, que nem sempre percebem a necessidade de beber água. Níveis críticos de desidratação podem causar sintomas como urina escura, boca e pálpebras ressecadas, e até problemas graves como coágulos sanguíneos, hipertensão, infartos ou arritmias, com maior risco para quem já sofre de condições cardiovasculares.
Para reduzir esses riscos, especialistas recomendam atenção especial a crianças e idosos, incentivando-os a beber mais água. Também é aconselhável evitar a prática de exercícios físicos entre 10h e 16h, os horários mais quentes do dia, e manter os ambientes bem ventilados, com janelas abertas e uso de ventiladores. Reconhecer os sinais de desidratação e adotar medidas preventivas são passos essenciais para evitar complicações graves em dias de calor intenso.
Simepar
O Simepar, com uma estrutura de 120 estações meteorológicas telemétricas automáticas, três radares meteorológicos e cinco sensores de descargas meteorológicas, é responsável por fornecer dados meteorológicos para órgãos como a Coordenadoria da Defesa Civil e a Secretaria do Desenvolvimento Sustentável. Esses dados ajudam a facilitar ações de resposta a situações extremas, como enxurradas, deslizamentos, alagamentos, incêndios e secas.
Cuidados
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) reforça a importância de alguns cuidados em dias de muito calor e umidade relativa do ar baixa. Essas medidas podem prevenir fadiga, desidratação ou queda da pressão arterial. As recomendações valem para todos, mas o cuidado com idosos e crianças deve ser redobrado. Para se proteger no calor evite exposição ao sol, principalmente entre 10h e 16h; use protetor solar regularmente, independentemente do horário; beba água com frequência. Se tiver dificuldade em ingerir água pura, adicionar rodelas de limão, laranja ou hortelã pode ajudar. Aplicativos ou alarmes que lembram de tomar água também são úteis; consuma alimentos frescos, como frutas, verduras e legumes, que possuem alto teor de água, e evite alimentos ultraprocessados, ricos em sódio e pobres em água; tome banhos frios; utilize ventiladores para manter os ambientes frescos; evite exercícios físicos ao ar livre nos horários mais quentes do dia.