Carro oficial da Câmara é flagrado em local proibido durante gravação de vídeo do vereador Guilherme Kilter em Curitiba
Veículo ficou sobre a grama em frente à Sedest; assessoria diz que parada durou apenas dois minutos para descarregar equipamentos
Créditos: Divulgação
Um veículo oficial da Câmara Municipal de Curitiba foi flagrado em local irregular na tarde de segunda-feira (29 de setembro), em frente à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest), no bairro Mercês. O carro era usado pelo vereador Guilherme Kilter (Novo), que gravava um vídeo pedindo a exoneração de um assessor do secretário Rafael Greca. O caso foi divulgado pelo Portal Plural, que publicou fotos do momento em que o automóvel estava sobre a grama.
No vídeo, Kilter acusa o assessor Fernando Cogrossi de ter defendido, em suas redes sociais, que o vereador deveria ser “guilhotinado”. O parlamentar também afirmou que o secretário Greca “financia um extremista”. Após a repercussão, Cogrossi pediu exoneração do cargo na terça-feira (30). Kilter registrou boletim de ocorrência e encaminhou denúncia à Procuradoria-Geral do Estado.
Imagens obtidas pelo Plural mostram o carro oficial com o porta-malas aberto, enquanto o vereador descarregava materiais de gravação. Outro veículo também aparece estacionado sobre a grama, mas a assessoria do parlamentar negou qualquer relação com o gabinete. Segundo a nota, o carro da Câmara “não estava estacionado, apenas parado por no máximo dois minutos para ser descarregado” e, logo em seguida, teria sido colocado em uma vaga próxima.
De acordo com o artigo 181 do Código de Trânsito Brasileiro, é infração grave parar veículos sobre gramados, canteiros ou jardins públicos, ainda que para carga e descarga. A penalidade prevê multa e remoção do veículo.
O episódio é o mais recente desdobramento do embate entre Kilter e Cogrossi, que começou após uma polêmica envolvendo a Universidade Federal do Paraná (UFPR). No mês anterior, o vereador e o advogado Jeffrey Chiquini tentaram realizar uma palestra no Prédio Histórico da universidade, que acabou sendo cancelada por estudantes contrários ao evento. A entrada forçada dos dois no local provocou confronto com manifestantes e resultou em feridos após intervenção da Polícia Militar.
