Brasil tem a menor taxa de desemprego 5,8%, desde 2012, aponta IBGE

Os números foram divulgados nesta quinta-feira (31), pelo Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios). Os dados apontam ainda que o Brasil bateu o recorde de emprego com carteira assinada e também do salário do trabalhador.

Por Eliane Alexandrino

Brasil tem a menor taxa de desemprego 5,8%, desde 2012, aponta IBGE Créditos: AEN

Eliane Alexandrino/Cascavel 

Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o Brasil atingiu no segundo trimestre deste ano a taxa de desemprego de 5,8%, considerada a menor já registrada até o momento pelo instituto desde que começou em 2012. 

Os números foram divulgados nesta quinta-feira (31), pelo Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios). Os dados apontam ainda que o Brasil bateu o recorde de emprego com carteira assinada e também do salário do trabalhador.

No primeiro trimestre de 2025, o índice estava em 7%. Já no segundo trimestre de 2024 era 6,9%. A menor taxa de desocupação foi registrada em novembro de 2024, com 6,1%.

O país tinha 102,3 milhões de trabalhadores ocupados e cerca de 6,3 milhões desocupados  no conjunto dos três meses encerrados em julho. O número de pessoas à procura de trabalho representou recuo de 17,4% (menos 1,3 milhão de pessoas) no primeiro trimestre. Já o número de ocupados subiu 1,8% de um trimestre para o outro, o que significa 1,8 milhão de pessoas a mais trabalhando no Brasil.

O número de pessoas com carteira assinada no setor privado atingiu 39 milhões de pessoas, crescimento de 0,9% ante o primeiro trimestre do ano e o maior já registrado pelo IBGE. O número de trabalhadores sem carteira também cresceu (+2,6%), chegando a 13,5 milhões.

A pesquisa divulgada ontem (31) é a primeira que apresenta ponderação com base em dados apurados pelo Censo 2022. A mudança consiste em um ajuste da amostra representativa de domicílios visitados pelos pesquisadores do IBGE. A atualização é praxe de órgãos de estatísticas em todo o mundo.

A pesquisa do IBGE apura o comportamento no mercado de trabalho para pessoas com 14 anos ou mais e leva em conta todas as formas de ocupação, seja emprego com ou sem carteira assinada, temporário e por conta própria, por exemplo. Só é considerada desocupada a pessoas que efetivamente procuram emprego. São visitados 211 mil domicílios em todos os estados e no Distrito Federal.

A taxa de informalidade,  proporção de trabalhadores informais na população ocupada foi de 37,8%. É a menor registrada desde igual trimestre de 2020 (36,6%). O IBGE aponta como informais os trabalhadores sem carteira e os autônomos e empregadores sem CNPJ. Essas pessoas não têm garantidas coberturas como seguro-desemprego, férias e décimo-terceiro salário.

O contingente de desalentados, pessoas que sequer procuram emprego por avaliarem que não conseguirão, fechou o segundo trimestre em 2,8 milhões, menor nível desde 2016.

Salário maior

O mercado de trabalho aquecido pode ser sentido no bolso do trabalhador. O IBGE revelou que o rendimento médio mensal atingiu R$ 3.477, o maior já apurado. Esse valor fica 1,1% acima do recebido no primeiro trimestre do ano e 3,3% maior que o do segundo trimestre do ano passado.

O maior número de pessoas ocupadas e o recorde no rendimento fizeram com que a massa de rendimentos, o total de dinheiro que os trabalhadores recebem também atingisse o ponto mais alto já alcançado, R$ 351,2 bilhões. É dinheiro que termina movimentando a economia, seja em forma de consumo ou poupança. Esse patamar supera em 5,9% (R$ 19,7 bilhões) o montante do mesmo trimestre de 2024.

Paraná segue com maior salário mínimo do Brasil

O estado do Paraná sempre se destacou em relação ao salário mínimo regional ser maior que o nacional.  Hoje o mínimo regional varia entre R$ 1984,16 a 2.275,36, chegando a quase 50% a mais que o nacional (R$ 1.518,00) O deputado estadual, Claudio Romanelli, reforça a importância da valorização do trabalhador.

“O maior salário mínimo do Brasil pode atender até 1,5 milhão de trabalhadores sem convenção ou acordo coletivo de trabalho. É um reajuste de 6,8%, praticamente 2% de reajuste real em relação à inflação. É um aumento importante porque valoriza o trabalhador. É uma boa notícia para os trabalhadores e parabéns ao governador Ratinho Junior e ao Conselho Estadual do Trabalho que é composto por sindicatos, empresas e empresários e do setor governamental, ou seja, é uma política estadual que valoriza o trabalhador", disse Romanelli.

Os valores do piso regional estão definidos em quatro faixas. Para os trabalhadores da agricultura e da agropecuária, R$ 1.984,16 (grupo 6 da classificação brasileira de ocupações); trabalhadores do comércio e empregados domésticos, R$ 2.057,59 (grupos 4, 5 e 9 da CBO); trabalhadores da indústria, R$ 2.123,42 (grupos 7 e 8 da CBO); e técnicos de nível médio, R$ 2.275,36 (grupo 4 da CBO).

O mínimo regional não se aplica aos empregados que possuem piso salarial definido em lei federal, convenção ou acordo coletivo de trabalho, nem aos servidores públicos. 

Foto: AEN

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