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‘Eles ficaram na rua’, lamenta comerciante de Foz do Iguaçu sobre família atingida por terremoto na Turquia

Por Giuliano Saito


Mãe e irmãos de Murad Assaf vivem em Antakya, uma das cidades atingidas. Comerciante disse que quer trazer família para o Brasil. Mais de 7 mil mortes foram contabilizadas na tragédia até esta terça (7). Murad Assaf mora no Brasil há 9 anos RPC O comerciante turco e morador de Foz do Iguaçu Murad Assaf falou sobre a aflição em ter familiares em uma das regiões destruídas pelo terremoto de magnitude 7,8, na Turquia e na Síria. Ele vive no Brasil com o pai, mas mãe e irmãos estão em Antakya, uma das cidades turcas atingidas. "Eles ficaram na rua". Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram O comerciante contou à RPC que conseguiu conversar com a família depois do terremoto de segunda-feira (6) e disse que está difícil se concentrar no trabalho sabendo o que mãe e irmãos enfrentam. "Tamo rezando por eles. Falei com eles e eles tavam chorando de medo. As crianças com medo... fiquei chorando por eles”. Até a tarde desta terça-feira (7), mais de 7 mil mortes foram contabilizadas entre os dois países. Milhares de pessoas estão desaparecidas. O epicentro do terremoto foi no povoado de Kahramanmaras, no sudoeste da Turquia e perto da fronteira com a Síria. Murad mora no Brasil há nove anos. Depois do terremoto, ele disse aumentou o desejo de trazer a família para perto. "Também por causa da guerra que aconteceu na Síria, em 2014. Continuamos aqui a vida... A família ficou partida, meio aqui, meio na Turquia, meio na Europa. Tomara que eu consiga chamar eles para virem pra cá, que eles consigam entrar no Brasil". Comunidade árabe está aflita com terremoto que atingiu Turquia e Síria Veja também: Solidariedade: Paranaense que mora na Turquia se organiza para ajudar vítimas de terremoto Ex-BBB: Kaysar viaja para perto da família após terremoto com pelo menos 5 mil mortos AO VIVO: Acompanhe as últimas informações sobre o terremoto INFOGRÁFICO: Veja onde ocorreram as réplicas ANÁLISE: Resposta rápida ao terremoto é crucial para sobrevivência política de Erdogan O que se sabe até agora sobre o terremoto Prédios destruídos após terremoto em Kahramanmaras, Turquia Ihlas News Agency (IHA) via Reuters O terremoto durou um minuto e meio e abalou fortemente a região central da Turquia e o noroeste da Síria. Milhares de pessoas ainda estão sendo resgatadas, e outras milhares seguem desaparecidas. O número total de mortos leva em conta as contagens dos dois países. Na tarde desta terça-feira, o número de mortos na Turquia aumentou para 5.434. Na Síria, o balanço de mortos é de 1.832. Os dados foram compilados pelos governos dos países e por grupos de resgate. Até a tarde desta terça, sabe-se que: Segundo o governo turco, mais de 70 países já anunciaram que enviarão ajuda humanitária e equipes de busca, entre eles EUA, Reino Unido, Alemanha e Israel. Mais de 10 mil pessoas ficaram feridas, e milhares ainda estão desaparecidas. A OMS afirmou que o número de vítimas pode ser até oito vezes maior. Na Síria, foram 1.832 mortos, segundo levantamento do governo e da ONU. Segundo o último balanço do governo turco, 5.434 pessoas morreram na Turquia. Cerca de 90 réplicas também foram registradas após o primeiro tremor. Foi o pior terremoto desde 1939 na região, muito propensa ao fenômeno por ser uma área de encontro de placas tectônicas. O tremor também foi sentido em Israel, no Iraque, no Chipre e no Líbano. Não há registro de vítimas ou feridos nesses países. O epicentro ocorreu a 10 quilômetros da superfície — esta é uma profundidade considerada baixa e pode explicar, em parte, o tamanho da destruição provocada. O raio de alcance do tremor foi de 250 quilômetros e, portanto, foi fortemente sentido em centenas de municípios e cidades dos dois países. O terremoto ocorreu na madrugada de segunda-feira (6) no povoado de Kahramanmaras, no sudoeste da Turquia, perto da fronteira com a Síria. 4 pontos sobre o terremoto na Turquia: onde aconteceu e quais as causas e consequências Vídeos mais assistidos do g1 PR: Veja mais notícias do estado em g1 Paraná.