Veja os detalhes da investigação que prendeu quatro PMs de Londrina suspeitos de envolvimento com o tráfico de drogas
Por Giuliano Saito
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Gaeco aponta que policiais apreendiam entorpecentes de suspeitos e revendiam para outras pessoas. PMs investigados por tráfico de drogas vão passar por audiência de custódia Conversas obtidas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) com autorização judicial entre um homem suspeito de tráfico de drogas e um policial militar do 30º Batalhão de Londrina, norte do estado, mostram o suposto envolvimento do agente e outros três PMs em um esquema de venda de entorpecentes. Os quatro policiais foram presos em uma operação do Gaeco e a Corregedoria da PM realizada na quarta-feira (5). Segundo as investigações, que começaram no ano passado, os agentes realizavam abordagens, apreendiam as drogas de outros criminosos e repassavam para venda. A defesa do PM que manteve conversas com o suspeito informou que vai recorrer da prisão. O advogado dos outros três agentes afirmou que a investigação não traz indícios do envolvimento deles com os crimes citados. Polícia Militar do Paraná usará câmeras por um ano, como teste PM-PR O que diz o MP No pedido de prisão temporária enviado à Justiça, o Gaeco traz trechos de conversas retiradas do celular de um dos policiais presos. Conforme a apuração, através da troca de mensagens foi constatada a participação dos outros PMs. Em uma das conversas, o suspeito de tráfico diz ao PM: "Falei pra você que ia achar uma parada boa pra nóis, achei, fala para os cara fica de boa que tá tudo certo". Para o Gaeco, a menção ao termo "parada boa" seria que o suspeito havia descoberto onde ficava a refinaria de drogas de um bairro da zona norte, indicando o local ao PM. Fotos Em outro trecho, o Gaeco cita que o suspeito de tráfico enviou uma foto ao policial dizendo que "o traficante rival estava bravo" porque "eles (policiais) teriam pegado R$ 4 mil do rapaz. Ainda segundo os promotores, um dos PMs teria dito que escondeu drogas em um terreno baldio e enviou uma foto do local ao suspeito de tráfico para que ele pudesse encontrar o lugar. Com base nestas informações, a Promotoria afirma que "há indícios mais do que suficientes" da existência de uma associação criminosa voltada à prática do tráfico de drogas, peculato (desvio ou subtração de algo por agente público), porte ilegal de arma de fogo e outros crimes. Leia também Promotor que descumpriu medidas protetivas da ex-esposa 101 vezes é afastado do cargo, determina Corregedoria Voluntários se somam a bombeiros nas buscas por avião que desapareceu na Serra do Mar: 'Vim para tentar ajudar' Em nota, o advogado do homem suspeito de trocar mensagens com um dos policiais informou que o cliente dele "não sabe quem são esses policiais e que nunca teve nenhum tipo de relação com eles". Os PMs estão presos em unidade prisional da corporação em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). Mais assistidos do g1 PR Leia mais em g1 Norte e Noroeste.
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