Um jogo ‘barra’ pesada para o Cascavel no mata-mata da Série D
Serpente Aurinegra faz o jogo de ida do mata-mata contra o Barra de Santa Catarina
Por Luciano Neves

O Cascavel terá, neste sábado (02), o jogo do ano. A Serpente Aurinegra recebe o Barra de Santa Catarina, às 16 horas, para o primeiro jogo da segunda fase da Série D do Campeonato Brasileiro. No último fim de semana, o time do técnico Tcheco fechou a fase classificatória na quarta colocação do Grupo A7 com 21 pontos. Desse modo, cruzou com o Barra, que foi o líder do Grupo A8. Sendo assim, fará o jogo de ida no Estádio Olímpico Regional e decide a classificação para a fase seguinte no próximo sábado (09), em Balneário Camboriú. É o jogo do ano porque pode encaminhar a primeira classificação do clube para as oitavas de final da Série D e manter vivo o sonho do acesso à Série C. Sem contar que é uma partida que pode definir os rumos do Cascavel para a temporada de 2026. Por hora, o clube não tem garantia de calendário em competições nacionais para o ano que vem. A garantia só virá se o Cascavel conquistar o acesso para a Série C. E seis jogos separam o time de Tcheco deste objetivo. Se conseguir passar pelo Barra, o Cascavel terá pela frente o vencedor do confronto entre Água Santa e Ceilândia. Os dois times também fazem o jogo de ida da segunda fase neste sábado, às 16 horas.
Mata-mata
O Cascavel não figurava no mata-mata da Série D desde 2022. Nas cinco participações anteriores na competição, a Serpente Aurinegra chegou três vezes na segunda fase. Mas nunca conseguiu passar do primeiro mata-mata. Em 2020, em sua primeira participação na Série D, o Cascavel foi eliminado pelo Novorizontino. Até venceu o jogo de ida por 1 a 0, no Olímpico. Mas depois tomou um 3 a 0 do time paulista, que hoje disputa a Série B do Brasileiro.
Em 2021, o Cascavel, já com Tcheco em sua primeira passagem pelo clube, teve uma ótima campanha na fase de grupos. Foi o segundo colocado, com uma classificação antecipada, e formou um duelo paranaense com o Cianorte. Empatou sem gols no jogo de ida no Albino Turbay. E na partida de volta, no Olímpico, tomou um 3 a 0, resultado que decretou a eliminação na Série D. No ano seguinte, em 2022, Tcheco seguiu no comando da equipe e conseguiu conduzir o Cascavel para a segunda fase da Série D. O clube teve outro confronto estadual diante do Paraná Clube. Foram dois empates sem gols, o primeiro no Olímpico e o segundo em Curitiba. A eliminação veio nos pênaltis. Nos dois últimos anos, o Cascavel não passou da primeira fase na Série D.
O grande desafio de Tcheco desta vez é melhorar o desempenho do Cascavel em jogos eliminatórios. Dos 90 jogos que o clube fez na Série D, de 2020 para cá, apenas seis foram com essa característica, com uma vitória, três empates e duas derrotas.
Se abrirmos o leque e considerarmos confrontos da primeira divisão do Campeonato Paranaense, Taça FPF e Copa do Brasil, o desempenho do Cascavel ainda é ruim. Nas competições estaduais, o Cascavel vivenciou 16 duelos eliminatórios. Foram 15 em jogos de ida e volta e um em partida única. A equipe teve êxito em sete, menos da metade. Já em competições nacionais, também em duelos de partida única ou jogos de ida e volta, vivenciou dez confrontos. A equipe teve três classificações, todas em jogos de primeira fase da Copa do Brasil, e sete eliminações. As três pela Série D e outras quatro pela Copa do Brasil (três na segunda fase e uma num jogo de primeira fase).
Talismã
O Cascavel ganhou um talismã de peso para mudar esse histórico em jogos de mata-mata: o veterano Marcão. Ele marcou o primeiro gol dele com a camisa do Cascavel no jogo contra o Uberlândia no sábado passado. Inclusive, o reforço aurinegro para esta Série D vinha atuando com o número 17. Com a saída de Michel para o futebol uruguaio, ele passou a usar a camisa 9. E já balançou as redes. O maior artilheiro da história do Atlético-GO tem dois acessos da Série D para a C, uma com o Caxias e outra com o Anápolis no ano passado.
Créditos: Luciano Neves