Saudade não tem idade: A Lagoa das Lágrimas, em Guarapuava, já teve passarela e pedalinhos
A imagem é da década de 1960
Por Gazeta do Paraná

Essa bela imagem da Lagoa das Lágrimas, provavelmente registrada na década de 1960, resgata um tempo em que Guarapuava vivia uma fase de transformações urbanas e expansão. A fotografia, publicada na Página Guarapuava Histórica por Beto Silva, revela um ângulo pouco conhecido de um dos principais cartões-postais da cidade — um lado mais sereno, quase bucólico, que muitos guarapuavanos jamais chegaram a ver.
Naquele tempo, a Lagoa das Lágrimas não era apenas um ponto de contemplação, mas também um espaço de lazer ativo. Existia uma passarela que cruzava parte da lagoa e era comum ver famílias e casais passeando com pedalinhos, aproveitando os fins de tarde à beira d’água. A paisagem ao redor era mais aberta, com poucas construções interferindo na vista — um cenário bem diferente da urbanização densa que vemos atualmente.
Um detalhe curioso na imagem é a evidência da ampliação do Hospital São Vicente de Paulo, importante marco da saúde regional. A obra em andamento sinalizava o crescimento da cidade e a necessidade de estruturas mais robustas para atender à população.
Outro destaque é a quase ausência de residências no Jardim Trianon. Hoje um bairro consolidado e movimentado, na época ainda era um espaço em processo de ocupação, com poucos imóveis espalhados entre áreas de vegetação e terrenos baldios.
Essa fotografia é um testemunho silencioso da memória urbana de Guarapuava, um fragmento do passado que ajuda a entender o presente e valorizar as transformações pelas quais passou a cidade ao longo das décadas.