Ponto 14

Sérgio Reis conta com a amizade de Renato Teixeira na gravação de show em São Paulo

Por Giuliano Saito


♪ Em agosto de 2021, Sérgio Reis ficou praticamente isolado no meio artístico por conta da propagação de áudio em que o cantor paulistano se manifestava a favor de atos contra instituições democráticas como o Supremo Tribunal Federal (STF). A retaliação de quase toda a classe artística inviabilizou a edição do disco de duetos então preparado por Reis com sucessos e nomes da MPB. Alguns poucos artistas, contudo, continuaram ao lado ao cantor. Artista com quem Sérgio Reis gravou os álbuns ao vivo e DVDs sintomaticamente intitulados Amizade sincera (2010) e Amizade sincera II (2015), Renato Teixeira jamais se afastou do colega. A amizade dos artistas foi reiterada com a participação de Teixeira no registro audiovisual de show Brasileiro – Sim senhor, feito por Reis na última quarta-feira, 25 de janeiro, em apresentação no Teatro Bradesco, na cidade de São Paulo (SP). Renato Teixeira integrou o time de convidados e cantou a música inédita Raro (Átila Ardanuy, Bavini, Marcus Ardanuy e Renato Teixeira) com o anfitrião e com Marco Sérgio, o Bavini, filho de Reis e coautor da composição. Além de Teixeira, nome de maior peso no elenco, o time de convidados da gravação ao vivo de Sérgio Reis foi formado pelas duplas sertanejas Augusto & Atílio, Di Paullo & Paulino, Mayck & Lyan e Matogrosso & Mathias, além do padre Alessandro Campos e do grupo paraguaio Los Castillos, com quem Reis reviveu o sucesso cubano Guantanamera (Joseíto Fernández e José Martí, 1963). À frente de cenário que evocava uma fazenda, Sérgio Reis abriu a porteira para os convidados e desfiou sucessos como Chico mineiro (Francisco Ribeiro e Tonico, 1945), Chalana (Mário Zan e Arlindo Pinto, 1952), O menino da porteira (Teddy Vieira e Luís Raimundo, 1955), Coração de papel (Sérgio Reis, 1966) e Panela velha (Moraezinho e Auri Silvestre, 1982).