Prefeitura de Jandaia do Sul pediu redução de velocidade de trens em trecho de acidente entre ônibus da Apae há 10 meses
Por Giuliano Saito
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Em ofício, prefeitura pediu melhorias na sinalização do local. Empresa responsável pela linha férrea afirma que "controla velocidade dos trens". Duas meninas morrem em acidente entre trem e ônibus escolar da Apae em Jandaia do Sul A Prefeitura de Jandaia do Sul, norte do Paraná, cobrou no ano passado que a Rumo Malha Sul, concessionária da linha férrea onde aconteceu a batida entre um trem e um ônibus escolar da Associação de Pais e Amigos de Excepcionais (Apae), atuasse na "redução da velocidade dos trens durante a travessia nas referidas passagens". O acidente terminou na morte de duas adolescentes, Kimberly Caroline Ribeiro Pimenta, 15 anos, e a prima dela, Maria Vitória Gomes Ferreira, 11, que eram estudantes da Apae. Outras 27 pessoas ficaram feridas. O ofício foi encaminhado à empresa em 19 de maio. O documento solicita ainda esforços "no sentido de aperfeiçoar a sinalização vertical e horizontal nas passagens de nível do município". O prefeito de Jandaia do Sul, Lauro de Souza Silva Junior (União Brasil), explicou que esta não é a primeira cobrança para melhorias no local. Vídeo mostra atendimento as vítimas após batida entre trem e ônibus escolar da Apae no Paraná; duas meninas morreram "Em um dos acessos ao município, por exemplo, eles (Rumo) colocaram um mecanismo de segurança, o que evitou acidentes. Porém, em outros lugares, como esse que ocorreu o acidente, não existe a mesma proteção aos motoristas". Para Silva Junior, o ideal seria a instalação de cancelas. Ônibus escolar que transportava alunos da Apae em Jandaia do Sul (PR) Reprodução/Blog do Berimbau "Entendemos que é a melhor alternativa porque para o trânsito. Isso traria maior segurança. Enquanto isso, pedimos à Rumo que os trens transitassem em uma velocidade menor. Estamos fazendo o possível, sinalizando em placas e no chão". O que diz a concessionária Em nota, a Rumo disse que respondeu o ofício da prefeitura, esclarecendo que, "conforme o art. 21 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), as manutenções nos cruzamentos rodoferroviários e a sinalização para motoristas e pedestres compete aos órgãos e entidades executivos rodoviários da União, dos municípios e dos estados." Segundo a concessionária, "a velocidade dos trens é monitorada remotamente. A linha férrea é sempre preferencial, por isso, a Companhia também orienta a comunidade para que todas as partes envolvidas se mobilizem por um trânsito mais seguro. E de acordo com o artigo 10, parágrafo 1, do Decreto 1832, a responsabilidade por prover e manter a solução de interferência em ferrovias é do município." Investigação A Polícia Civil abriu inquérito para investigar o acidente. O motorista do ônibus, que tem 43 anos e desde agosto dirigia para a Apae, alegou que "não viu e nem ouviu o trem se aproximando". Segundo a polícia, ele conduzia o veículo com a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) vencida. De acordo com o Boletim de Ocorrência (B.O.) do caso, o documento expirou em janeiro. Pai encontra filha morta caída no chão após acidente entre trem e ônibus: 'Meu coração está arrebentado. Era a minha vida' Veja o que se sabe e o que falta esclarecer sobre o acidente Leia também: Processo: Novo juiz da Lava Jato determina que Eduardo Cunha entregue 6 carros confiscados na operação Emocionante: Empresária que morreu de câncer conforta própria família com carta póstuma: ‘Minha hora chegou e tá tudo bem’ Protesto: Ex-funcionários do lado paraguaio de Itaipu Binacional bloqueiam Ponte da Amizade Mais assistidos do g1 PR Leia mais em g1 Norte e Noroeste.
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