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Poze do Rodo deixa o Complexo de Gericinó após decisão da Justiça

Funkeiro foi solto nesta terça-feira (3) após quatro dias preso; desembargador entendeu que prisão temporária era desnecessária

Por Gazeta do Paraná

Poze do Rodo deixa o Complexo de Gericinó após decisão da Justiça

O cantor MC Poze do Rodo deixou o presídio de Bangu 3, no Complexo de Gericinó, nesta terça-feira (3), após a Justiça do Rio de Janeiro conceder um habeas corpus que revogou sua prisão temporária. Ele estava detido desde a última quinta-feira (29), investigado por suposta ligação com uma facção criminosa.

A decisão foi proferida pelo desembargador Peterson Barroso, da Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que entendeu que a prisão não era essencial para o andamento das investigações.

“O alvo da prisão não deve ser o mais fraco – o paciente, e sim os comandantes de facção temerosa, abusada e violenta, que corrompe, mata, rouba, pratica o tráfico”, argumentou o magistrado.

Repercussão e apoio da família

A saída do artista foi acompanhada por dezenas de fãs e simpatizantes, que aguardavam do lado de fora da unidade prisional. Vídeos divulgados nas redes sociais mostraram o momento em que o cantor deixou o local, sendo recebido com aplausos.

Ao lado de Poze estavam sua esposa, Viviane Noronha, e o também cantor Oruam, que comemoraram a decisão. Viviane publicou nas redes: “Obrigada Jesus, saiu a decisão. MC não é bandido.”

O advogado do artista, Fernando Henrique Cardoso Neves, classificou a decisão como acertada: “Decisão serena que restabelece a liberdade e dá espaço à única presunção existente no direito: a de inocência.”

Medidas cautelares

Apesar de solto, MC Poze deverá cumprir diversas medidas cautelares enquanto o processo segue em tramitação:

  • Comparecimento mensal em juízo, até o dia 10, para informar suas atividades;

  • Proibição de se ausentar da comarca;

  • Manter número de telefone atualizado para contato imediato com a Justiça;

  • Proibição de mudança de endereço sem comunicação prévia ao juízo;

  • Proibição de contato com investigados, testemunhas ou pessoas ligadas à facção Comando Vermelho;

  • Entrega obrigatória do passaporte à Secretaria do Juízo.

O caso segue sob investigação.