Polícia Civil e Militar desarticulam organização criminosa com envolvimento em morte de policial em Campo Magro
Operação conjunta prendeu dois suspeitos e resultou na morte de um dos líderes do grupo, investigado por homicídios e extorsão de moradores
Por Da Redação

A Polícia Civil do Paraná (PCPR), em conjunto com a Polícia Militar do Paraná (PMPR) e o Corpo de Bombeiros do Paraná (CBMPR), deflagrou nesta sexta-feira (17) uma operação contra uma organização criminosa que atuava em uma comunidade de Campo Magro, na Região Metropolitana de Curitiba.
As ações ocorreram simultaneamente em Curitiba, Campo Magro e Almirante Tamandaré, resultando no cumprimento de dois mandados de prisão contra pessoas já presas em outros processos. Um dos alvos não foi localizado e é considerado foragido.
Durante a operação, também foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão, incluindo um em área de mata, com apoio do Grupo de Operações de Socorro Tático (GOST) do Corpo de Bombeiros.
De acordo com as investigações, desenvolvidas de forma integrada entre as forças de segurança, o grupo oprimia moradores locais, cobrando “taxas” ilegais para permitir que permanecessem na comunidade. O Poder Judiciário autorizou as prisões preventivas e outras medidas cautelares após a identificação das lideranças da facção.
Entre 2023 e 2024, o grupo é apontado como responsável por seis homicídios — um em Curitiba, um em Almirante Tamandaré e quatro em Campo Magro. Entre as vítimas está um policial militar, morto no fim de março de 2024.
Durante o cumprimento das ordens judiciais, um dos principais líderes do grupo foi morto em confronto. Segundo o delegado Guilherme Eduardo Donde, o homem também era investigado por estupro de vulnerável e já respondia a ação penal pelo crime. “Durante o cumprimento dos mandados, além dessa situação, foram localizados aparelhos eletrônicos que serão encaminhados à perícia”, afirmou o delegado.
As investigações continuam para identificar outros integrantes e colaboradores da organização.
A população pode contribuir com informações de forma anônima pelos telefones 197 (Polícia Civil) ou 181 (Disque-Denúncia). Em caso de flagrante, a Polícia Militar deve ser acionada pelo 190.
