Petróleo fecha em alta em meio a otimismo sobre negociações EUA-China
Preços subiram mais de 1% nesta segunda (9), impulsionados por cenário de oferta restrita nos EUA e avanço nas conversas comerciais entre potências
Por Gazeta do Paraná

Os preços do petróleo voltaram a subir nesta segunda-feira (9), em um movimento de continuidade da valorização da semana passada, quando acumularam alta de 6%. Os principais fatores por trás da nova alta foram o otimismo com as negociações comerciais entre Estados Unidos e China e a expectativa de redução na oferta norte-americana da commodity.
Na Bolsa de Nova York (Nymex), o barril do petróleo tipo WTI, com entrega em julho, fechou cotado a US$ 65,29, alta de 1,10% (ou US$ 0,71). Já o Brent, referência internacional negociado na ICE, subiu 0,86% (US$ 0,57), encerrando o dia a US$ 67,04 por barril.
Após uma conversa entre os presidentes Donald Trump e Xi Jinping na última quinta-feira, autoridades dos dois países se encontraram em Londres nesta segunda. O mercado vê com bons olhos a possibilidade de um acordo que reduza as tensões comerciais e, consequentemente, aqueça a economia global o que favoreceria a demanda por petróleo.
Além disso, analistas destacam a queda no número de sondas ativas nos EUA, a chegada do verão no Hemisfério Norte (que aumenta a procura por combustíveis) e a produção da Opep+ abaixo do esperado como outros elementos que sustentam os preços.
No início do pregão, os contratos chegaram a registrar leve recuo o Brent caiu para US$ 66,09 e o WTI para US$ 64,22 após a divulgação de dados mais fracos sobre o comércio da China. As exportações chinesas subiram apenas 4,8% em maio, abaixo das expectativas de mercado. Já as importações de petróleo caíram em relação ao mesmo período do ano anterior, impactadas por redução nas atividades das refinarias e sanções norte-americanas ao petróleo iraniano.
Outro ponto que pode mexer com os preços nos próximos dias envolve o Irã: segundo o diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, o país pode tentar desenvolver uma bomba atômica caso Israel realize ataques a instalações nucleares. Isso abriria caminho para novas sanções ocidentais, reduzindo ainda mais a oferta da commodity no mercado internacional.
Com informações da CNN Brasil.