Alexandre Curi

Paraná vendeu 6 mil toneladas de carne de peru para o mercado internacional no 1º semestre

O Paraná exportou 6.233 toneladas e arrecadou US$ 16,630 milhões, bom aumento em relação aos US$ 15,956 milhões anteriores.

Por Eliane Alexandrino

Paraná vendeu 6 mil toneladas de carne de peru para o mercado internacional no 1º semestre Créditos: Assessoria

Boletim de Conjuntura Agropecuária, publicado pelo Departamento de Economia Rural (Deral) nesta quinta-feira (07), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab), tem uma análise sobre o mercado de perus. As informações têm base no Agrostat Brasil, plataforma do Ministério da Agricultura e Pecuária que acompanha o comércio exterior do setor agropecuário.

Entre os principais exportadores de peru, o Paraná teve um resultado positivo em receita no 1º semestre, com crescimento de 4%. O Paraná exportou 6.233 toneladas e arrecadou US$ 16,630 milhões, bom aumento em relação aos US$ 15,956 milhões anteriores.

Santa Catarina liderou a exportação com US$ 22,628 milhões e 9.239 toneladas. Mesmo assim, reduziu em 29,8% o volume e em 15,2% a receita em relação a igual período de 2024, quando exportou 13.164 toneladas, com faturamento de US$ 32,819 milhões. O segundo exportador foi o Rio Grande do Sul, com US$ 19,764 milhões e 8.296 toneladas, queda de 18% em volume (10.120 toneladas em 2024) e 22,3% (US$ 25,534 milhões) em receita.

No geral, as exportações brasileiras de carne de peru enfrentaram uma queda no primeiro semestre de 2025, com retração de 18,8% em volume e 20% em receita cambial. Os dados mostram que o País embarcou 24 mil toneladas do produto entre janeiro e junho, o que gerou uma receita de US$ 59,538 milhões. No mesmo período do ano anterior foram 29.571 toneladas, com a entrada de US$ 74,377 milhões.

Os principais mercados da carne de peru brasileira no primeiro semestre de 2025 foram: Chile (3.129 toneladas e US$ 10,534 milhões), África do Sul (2.734 toneladas e US$ 3,535 milhões), México (2.167 toneladas e US$ 5,738 milhões), Países Baixos (2.062 toneladas e US$ 8,944 milhões) e Guiné Equatorial (1.728 toneladas e US$ 2,823 milhões). “É notável que, apesar da retração geral, o Paraná conseguiu um resultado positivo em receita”, disse o analista do Deral, Roberto Carlos Andrade e Silva.

BOVINOS – O boletim do Deral registra ainda a expectativa que se criou de que a carne bovina estaria entre as exceções na aplicação de tarifa extra de 50% por parte do governo dos Estados Unidos, o que acabou não acontecendo no primeiro momento. A tarifa passou a valer na quarta-feira (06).

No entanto, pela demanda crescente da população norte-americana e o elevado preço da carne bovina ao consumidor naquele mercado, o segmento tem esperança que negociações amenizem a tarifa. No Brasil, o preço da arroba tem experimentado alta e no momento do fechamento do boletim se posicionava em R$ 301,00.

SUÍNOS – Em relação à suinocultura, o documento cita o porcentual de 98,88% da população suína paranaense com o rebanho atualizado na campanha organizada pela Adapar entre os meses de maio e junho. O resultado representou avanço em relação ao ano anterior, quando 98,71% tiveram os cadastros atualizados.

A espécie suína, que já tinha apresentado o melhor resultado em 2024, também liderou agora. A ela se seguem os bovinos, com 97,37% de atualizações, búfalos (95,23%), asininos (94,69%), equinos (92,33%), ovinos (92,13%) e caprinos (90,57%).

MILHO – A colheita da segunda safra de milho 2024/25 no Paraná alcançou 74% dos 2,77 milhões de hectares plantados. Se o clima continuar colaborando, a previsão é que tudo seja colhido ainda em agosto. A estimativa é de cerca de 17 milhões de toneladas neste ciclo no Estado.

A produção paranaense deve contribuir para que o País consiga alcançar as 131,9 milhões de toneladas estimadas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Mato Grosso, no Centro-Oeste, que concentra a maior parte da produção, estima colher mais de 51 milhões de toneladas.

MANDIOCA – A colheita da mandioca superou metade da área de 150,1 mil hectares. A expectativa é produzir 4,2 milhões de toneladas de raiz até o final do ano. Se confirmar, o número é 15% superior às 3,7 milhões de toneladas retiradas no ano passado, configurando-se em novo recorde produtivo no Paraná.

No entanto, desde dezembro de 2024 os preços estão recuando para os produtores. A média de julho ficou em R$ 527,23 a tonelada, enquanto neste início de agosto está em patamar inferior aos R$ 500,00. Os valores já se mostram insuficientes para cobrir os custos de produção total, estimados em aproximadamente R$ 560,00 a tonelada.

BATATA – O boletim do Deral registra ainda que a segunda safra de batatas está se encaminhando para a conclusão. Dos 10,6 mil hectares cultivados, 91% já foram colhidos, representando 9,7 mil hectares. Das áreas a colher, 97% apresentam boas condições e 3% são consideradas medianas.

O preço médio mensal no varejo paranaense para a batata lisa passou de R$ 3,11 o quilo em junho para R$ 4,07 em julho, o que representa 30,9% de reajuste. No entanto, comparativamente com os preços praticados em julho de 2024, há uma baixa de 53%, pois naquele período o quilo médio custava R$ 8,67 nas gôndolas.

Texto e foto: AEN

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